O Federal Bureau of Investigation (FBI) dos EUA informou que o número de casos de fraude com criptoativos em 2022 aumentou 183% em comparação a 2021.
Os dados levantados são do Relatório de Crimes na Internet do FBI de 2022, baseados em informações recebidas do Internet Crime Complaint Center (IC3).
Este valor é maior do que aqueles divulgados por empresas analíticas como ImmuneFi e Chainalysis, pois incluem todos os tipos de crimes financeiros, não apenas os mediados por ataques hackers.
FBI divulga dados de crimes financeiros com criptoativos
De acordo com os levantamentos, em 2021 o valor de fraudes com criptoativos foi de aproximados US$ 907 milhões, sendo que em 2022 o valor levantado foi de US$ 2,57 bilhões; um aumento de 183%.
O FBI disse que as reivindicações de fraude em investimentos financeiros aumentaram 127%, saindo de US$ 1,45 bilhão em 2021 para US$ 3,31 bilhões em 2022.
Assim, nota-se que a maior parte das fraudes financeiras levantadas pelo FBI em 2021 e 2022 foram feitas com criptoativos.
‘A fraude de investimento em ativos digitais resultou em um aumento sem precedentes no número de vítimas. Muitos investidores contraíram enormes dívidas para cobrir perdas de investimentos malsucedidos em esquemas de criptomoedas’ disse o FBI.
De acordo com investigadores do FBI, os crimes mais comuns relacionados aos criptoativos estão relacionados à extração de liquidez, invasão de contas de mídia social, ações em nome de celebridades, e de funcionários de empresas que trabalham no setor imobiliário e trabalhista.
Na maioria das vezes as vítimas são do gênero masculino e estão na faixa etária entre os 30 a 49 anos.
Recentemente o FBI deflagrou uma investigação sobre golpistas que criaram jogos no estilo ‘play-to-earn’ para venderem tokens de governança ou NFTs falsos e aplicar crimes financeiros, além de ataques do tipo phishing.