Magno Alves, ídolo de vários clubes e com passagem até pela Seleção Brasileira, tornou-se uma das vítimas de um golpe milionário envolvendo a empresa Braiscompany. Ele teria investido cerca de R$ 30 milhões na companhia de criptomoedas, que é acusada de enganar milhares de investidores com promessas de retornos financeiros astronômicos.
Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), o ex-jogador teria recebido apenas R$ 5,1 milhões do valor total investido em 2022. A Braiscompany, que se promovia com retornos mensais de até 12%, é agora acusada de ser uma pirâmide financeira.
Uso da imagem de atletas e fuga dos proprietários
Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, proprietários da Braiscompany, utilizaram a imagem de jogadores de futebol para atrair novos investidores com boas condições financeiras. A estratégia parece ter funcionado, já que muitos foram atraídos pelas promessas de altos retornos.
No entanto, atualmente, o casal está foragido e enfrenta diversas ações judiciais. Magno Alves não é o único a mover processos contra a empresa. O MPF estima que 18.570 clientes investiram aproximadamente R$ 1,15 bilhão no esquema.
Comparação com outros casos e alerta para investidores
O valor do golpe sofrido por Magno Alves é significativamente maior do que outros casos recentes envolvendo atletas. Por exemplo, Gustavo Scarpa e Mayke investiram cerca de R$ 10,4 milhões em uma empresa indicada pelo atacante Willian Bigode, do Athletico-PR, que prometia rendimentos mensais entre 3,5% a 5%. Ambos os jogadores moveram ações judiciais alegando que não conseguiram sacar o valor investido.
Este cenário serve como um alerta para investidores, destacando a importância de realizar uma due diligence adequada antes de investir grandes somas de dinheiro, especialmente em esquemas que prometem retornos financeiros muito acima da média.