Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, anunciou seus planos de expansão para mercados fora dos Estados Unidos. Em um post de blog publicado em 6 de setembro, os vice-presidentes da Coinbase para negócios internacionais e política internacional, Nana Murugesan e Tom Duff Gordon, destacaram a União Europeia, Reino Unido, Canadá, Brasil, Singapura e Austrália como ‘mercados prioritários de curto prazo’. Segundo eles, esses países estão ‘promulgando regras claras’ e a Coinbase focará em ‘adquirir licenças, registrar e estabelecer e fortalecer operações’ neles.
Today, 83% of G20 members and major financial hubs have made progress toward regulatory clarity for crypto. But the US is an outlier.
A picture paints a thousand words. https://t.co/DpxoKFr4yV pic.twitter.com/KvQ4q0zlsn
— Coinbase 🛡️ (@coinbase) September 7, 2023
Os executivos também criticaram a abordagem regulatória dos Estados Unidos em relação às criptomoedas. Eles escreveram: ‘Cada parte do mundo está vendo progresso na regulamentação pró-cripto — exceto pelos EUA, que optam por uma ‘estratégia’ de aplicação de regras existentes e novas regulamentações por meio dos tribunais’. Eles acrescentaram que o país está ‘se colocando à margem’ em relação às regulamentações de cripto, o que coloca em risco sua influência sobre o espaço.
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‘Go Broad, Go Deep’: a segunda fase dos planos de expansão
A Coinbase descreveu seus novos mercados prioritários como parte da segunda fase de seus planos de expansão, que foi apelidada de ‘Go Broad, Go Deep‘. A empresa delineou seus planos para estabelecer parcerias com bancos globais e locais e provedores de pagamento para expandir suas rampas de entrada e saída de moeda fiduciária, além de garantir que seus sistemas de governança estejam em conformidade.
A empresa também intensificará seus esforços de lobby e visibilidade antes das eleições da UE em junho do próximo ano. A Coinbase planeja se envolver com o G20 com o objetivo de criar padrões globais de cripto e manterá um ‘quadro de pontuação’ sobre o progresso regulatório de cada país em relação às criptomoedas.
Atenção especial ao Brasil e outros mercados emergentes
A Coinbase parece estar focando seus esforços de lobby do G20 no Brasil, que assumirá a presidência do G20 em 2024. Em março, a Coinbase expandiu sua oferta no Brasil e, de acordo com o post do blog, o co-fundador e CEO Brian Armstrong visitará o país ainda este ano ‘para se envolver com os principais tomadores de decisão e partes interessadas’.
4/ Excited to announce #Coinbase expansion in #Brazil today! 🇧🇷 We're integrating with Central Bank of Brazil's Pix for seamless transactions, offering a fully localized app, and 24/7 support. We are also building for Brazil, from our tech hub in Brazil!https://t.co/gf53W1Ybzy
— Nana Murugesan 🛡️ (@NanaMurugesan) March 21, 2023
O anúncio da Coinbase sobre seus mercados prioritários de curto prazo e a crítica à abordagem regulatória dos EUA em relação às criptomoedas são indicativos das complexidades e desafios que as empresas de cripto enfrentam ao navegar no cenário regulatório global. Com planos ambiciosos e um foco em mercados emergentes como o Brasil, a Coinbase está claramente buscando expandir sua influência e operações em uma escala global.