O Banco Central do Brasil anunciou o adiamento da implementação da primeira versão do Pix Automático de abril para outubro de 2024. O cronograma foi reformulado por causa da falta de pessoal e da operação-padrão, realizada pelos funcionários do órgão que reivindicam reestruturação das carreiras e aumento salarial.
Cristiano Maschio, especialista em tecnologia de pagamentos e CEO da fintech Qesh, explica que o Pix Automático tem por objetivo viabilizar pagamentos recorrentes de forma automatizada, mediante autorização prévia do usuário pagador.
“Na prática, contas mensais, assinaturas e outros pagamentos que ocorrem periodicamente, como escola e condomínio, poderão ser automatizados, proporcionando mais conveniência para os usuários”, afirma.
O serviço poderá ser utilizado em negócios digitais e físicos, de qualquer segmento e porte que necessitem de pagamento periódicos, além de serviços públicos. Segundo o BC, o recurso vai ampliar o leque de alternativas disponíveis para empresas que hoje recebem por débito automático, dependendo de convênios bilaterais com múltiplas instituições.
PIX e Drex
Segundo Maschio, à medida que a nova funcionalidade se estabelece e amadurece, espera-se que brasileiros se beneficiem de um sistema financeiro mais ágil, inclusivo e eficiente. Entre os principais benefícios, ele destaca:
· Simplicidade e comodidade: elimina a necessidade de reemitir boletos ou autorizar débitos automáticos tradicionais.
· Flexibilidade: os usuários poderão escolher a frequência, o valor e o dia do débito.
· Redução de inadimplência: com débitos programados, há uma maior garantia de que as contas serão pagas na data certa.
Além do Pix outras funcionalidades podem ser afetadas devido a crise com os funcionários da autarquia, entre elas o Drex, CBDC que o regulador pretende lançar no segundo semestre de 2024. Atualmente o Drex está em fase de testes e já teve seu cronograma modificado pelo BC.