A abordagem do governo chinês em relação à cripto e blockchain tem sido paradoxal. Enquanto impõe uma proibição total à mineração e negociação de criptomoedas, o país tem sido mais liberal com outras tecnologias, como os NFTs. Agora, as autoridades estão tomando uma virada significativa em relação à Web3.
Recentemente, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China tem buscado agressivamente o desenvolvimento da Web3 e tecnologias blockchain. Esta iniciativa visa posicionar o país como líder em tecnologia descentralizada.
Nesta semana, em 19 de dezembro, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China publicou um documento listando iniciativas recomendadas para o país no espaço da Web3. O documento propõe várias iniciativas-chave para tornar a China líder em tecnologias emergentes.
O Ministério pretende fortalecer o arcabouço regulatório em torno das tecnologias Web3, buscando garantir um crescimento harmonizado da indústria, mantendo a necessária supervisão regulatória.
Web3
Um grande foco é dado ao avanço da pesquisa em tecnologia blockchain e outros componentes da Web3. Isso envolve o desenvolvimento de tecnologias locais e acompanhar as inovações globais no campo.
Reconhecendo a natureza internacional da Web3, o plano também se concentra em engajar-se ativamente na criação de padrões globais para a indústria. Isso inclui influenciar e se adaptar às normas internacionais nas tecnologias Web3, buscando afirmar o papel da China no discurso global.
A iniciativa visa a integração das tecnologias Web3 em diversas indústrias, como saúde, educação e turismo, sinalizando um amplo espectro de aplicação dessas tecnologias na infraestrutura digital chinesa.
O último documento é parte de uma iniciativa mais ampla do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação para abraçar a tecnologia descentralizada.
Por exemplo, em setembro, o Ministério lançou um plano de ação de três anos para o Metaverso. Este plano abrangente visa incubar três a cinco startups de metaverso que alcançarão relevância global até 2025.
O impulso agressivo da China na Web3 e tecnologia blockchain contrasta drasticamente com sua postura rigorosa em relação às criptomoedas. O país impôs uma proibição abrangente a todas as atividades relacionadas a criptomoedas, incluindo negociações, o que efetivamente limita a operação de exchanges de cripto dentro da China.
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