O Bitcoin (BTC) atingiu uma alta mensal de US$ 66.700, registrando um aumento de 4% nas últimas 24 horas. Esse crescimento ocorre em meio a um apagão global causado por uma atualização de software defeituosa, que afetou sistemas de TI em todo o mundo. Observadores de criptomoedas destacaram a resiliência das blockchains descentralizadas durante essa crise.
Na última sexta-feira, o Bitcoin retomou sua trajetória de alta, alcançando seu preço mais alto em quase um mês, enquanto o mundo lidava com uma grande interrupção nos sistemas de TI.
Durante as primeiras horas de negociação nos EUA, o BTC ultrapassou a marca de US$ 66.000, atingindo um pico de US$ 66.700 no período da tarde, um valor não visto desde 17 de junho. No momento da redação, o maior ativo cripto estava sendo negociado em torno de US$ 66.500, avançando 4% nas últimas 24 horas.
Solana (SOL) liderou entre as principais altcoins, registrando um aumento de 8,5% no mesmo período e ultrapassando os US$ 170 pela primeira vez desde o início de junho. O token superou o índice de referência de ativos digitais, o CoinDesk 20 Index (CD20), que subiu 4,3%.
Enquanto as criptomoedas subiram, os principais índices de ações continuaram em queda. O Nasdaq Composite, focado em tecnologia, caiu 0,8%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,6%. O ouro, que havia alcançado um novo recorde histórico no início da semana, despencou mais de 2% durante o dia.
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Bitcoin
A causa do apagão global foi uma atualização de software da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que provocou interrupções em companhias aéreas, bancos e empresas em todo o mundo. Esse incidente ressaltou a resiliência dos sistemas descentralizados como as blockchains públicas, em comparação com redes centralizadas.
Charles Edwards, fundador do fundo de hedge de criptoativos Capriole Investments, observou a rápida alta do Bitcoin coincidindo com a abertura do mercado tradicional dos EUA, sugerindo um possível interesse de investidores institucionais.
“Alguma instituição acabou de acordar e decidiu que o Bitcoin é um porto seguro e descentralizado em meio ao colapso dos sistemas globais de tecnologia e bancários?”, questionou Edwards em sua postagem na plataforma X.
Olhando para um prazo mais longo, o Bitcoin está negociando em torno do ponto médio de um canal lateral de vários meses, entre US$ 56.000 e US$ 73.000. Os preços spot podem permanecer nessa faixa no curto prazo, mas os traders estão cada vez mais posicionados para uma ruptura em novas máximas históricas, mirando as eleições dos EUA em novembro. Analistas do fundo de hedge de ativos digitais QCP notaram uma forte demanda por opções de compra de Bitcoin a US$ 100.000 para dezembro, por parte de instituições.
Mads Eberhart, analista de criptomoedas da Steno Research, expressou uma visão otimista para a segunda metade do ano para os criptoativos, apoiada por múltiplos ventos favoráveis, incluindo cortes nas taxas de juros nos EUA, aumento da liquidez, clareza regulatória na Europa e maior probabilidade de uma liderança mais amigável às criptomoedas nos EUA.
“Bitcoin a US$ 100.000. Ethereum a US$ 6.500”, disse ele sobre suas metas de preço.