A Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas dos Estados Unidos, se posicionou contra a proposta da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) que visa proibir contratos de previsão de eventos, incluindo apostas em eleições políticas.
A proposta, que surgiu em meio a preocupações sobre a ‘comodificação’ de eventos políticos, poderia afetar significativamente o mercado emergente de contratos de previsão.
Críticas à definição de ‘gaming’ pela CFTC
A proposta da CFTC foi amplamente criticada pela Coinbase, que argumentou que a definição de ‘gaming’ incluída na proposta é excessivamente ampla e poderia capturar contratos além do escopo pretendido, como os relacionados a prêmios Nobel e ao Oscar.
Event markets are a promising area of our future economy, and that is why we are responding today to the @CFTC’s notice of proposed rulemaking. We fully support the CFTC’s mission to uphold the integrity of the US derivatives market and believe they can provide a robust…
— paulgrewal.eth (@iampaulgrewal) August 9, 2024
Paul Grewal, Diretor Jurídico da Coinbase, destacou que essa definição confunde a relação com as regras estaduais de longa data e pode ter consequências negativas para os mercados recém-regulados pela CFTC. Além disso, Grewal apontou que a proposta ignora os benefícios públicos dos mercados de previsão e ultrapassa a autoridade legal da CFTC.
A Coinbase defendeu que a CFTC deveria retirar a proposta e trabalhar com acadêmicos, indústria e formuladores de políticas para desenvolver uma abordagem mais equilibrada que promova a inovação enquanto protege a integridade do mercado.
Aumento na popularidade dos contratos de revisão
Os contratos de previsão têm ganhado popularidade, permitindo que usuários apostem em resultados de eventos futuros, incluindo eleições nos EUA. Plataformas como Kalshi, regulamentada, e Polymarket, não regulamentada, exemplificam esse crescimento.
No entanto, a proposta da CFTC para banir esses contratos, especialmente os relacionados a eventos políticos, reflete as preocupações sobre como essas apostas poderiam impactar a confiança no processo eleitoral.
Senadores, incluindo Elizabeth Warren, apoiam a proposta, argumentando que permitir apostas em eleições poderia ‘baratear a santidade’ do processo democrático e criar incentivos financeiros indevidos para os eleitores.