As fintechs Robinhood e Revolut estão considerando entrar no mercado de stablecoins com o lançamento de suas próprias moedas digitais, segundo fontes não identificadas citadas pela Bloomberg.
O movimento ocorre em um momento de crescente regulação na Europa, que promete trazer mais clareza ao mercado e impactar a participação de empresas cripto-nativas.
Crescimento do mercado e novas regulações europeias
O mercado de stablecoins, amplamente dominado pela Tether e seu token USDT, viu um aumento significativo nos últimos anos, especialmente devido à turbulência macroeconômica e crises bancárias.
O USDT atualmente controla mais de 75% do mercado de stablecoins, gerando lucros recordes para a Tether, que alcançou US$ 5,2 bilhões no primeiro semestre de 2024. Com a introdução da regulamentação Markets in Crypto-Assets (MiCA) pela União Europeia em 2023, o mercado de stablecoins está se transformando.
O novo marco regulatório impõe requisitos de reserva, transparência e limites de volume de transações, levando exchanges como Binance e Kraken a revisarem suas ofertas de stablecoins. A segunda fase das regras entra em vigor em dezembro de 2024, afetando serviços cripto como exchanges e carteiras.
Novos players interessados no mercado
Motivados pelo sucesso da Tether, Robinhood e Revolut estão analisando a possibilidade de lançar stablecoins próprias, apesar de ainda não confirmarem oficialmente seus planos.
A entrada de grandes fintechs nesse mercado poderia ampliar a competição e trazer novas opções para os usuários, especialmente em um ambiente onde a regulação busca garantir a segurança e a integridade das stablecoins.
Enquanto a Tether critica as novas regras europeias, a Circle, emissora do USD Coin (USDC), já se adaptou ao regulamento, lançando uma stablecoin lastreada em euros.
Esse cenário aponta para um mercado de stablecoins em transformação, com novas empresas prontas para desafiar os líderes estabelecidos e explorar as oportunidades trazidas pelas mudanças regulatórias.