A Upbit, uma das maiores exchanges de criptomoedas da Coreia do Sul, foi notificada pela Unidade de Inteligência Financeira (FIU) do país sobre possíveis violações ao processo de Conheça Seu Cliente (KYC).
A medida pode levar à suspensão do registro de novos usuários por seis meses, enquanto usuários existentes não serão afetados.
Acusações de violações e consequências potenciais
Segundo as autoridades sul-coreanas, a Upbit cometeu entre 500.000 e 600.000 violações relacionadas ao processo de identificação de clientes. Essas falhas foram detectadas durante uma revisão da licença de operação da empresa.
De acordo com a Lei de Transações Financeiras Especiais, violações de KYC na Coreia do Sul podem gerar multas de até 100 milhões de won (aproximadamente US$ 68.600) por caso. Isso pode resultar em um impacto financeiro significativo, com potenciais multas acumuladas de US$ 34,3 bilhões.
Além das infrações de KYC, a Upbit foi acusada de realizar negócios com provedores de serviços de criptomoedas não registrados, uma violação adicional das regulamentações locais. A exchange tem até o dia 20 de janeiro para responder à notificação, com uma decisão final esperada para o dia 21 de janeiro.
Contexto e importância da Upbit
Fundada em 2017, a Upbit é uma das exchanges mais influentes da Coreia do Sul, com um volume diário de negociação de US$ 7,5 bilhões, segundo dados da CoinGecko. O caso surge em meio a um ambiente regulatório mais rigoroso no país, que busca reforçar a supervisão sobre exchanges de criptomoedas para evitar atividades ilícitas.
A notificação ocorre em um momento em que o mercado sul-coreano também enfrenta outros desafios legais, incluindo processos envolvendo grandes players, como o ex-presidente da Bithumb.
A decisão final sobre a Upbit pode ter implicações significativas para o setor cripto no país, marcando mais um exemplo da postura rígida das autoridades sul-coreanas em relação à conformidade regulatória.