A CLS Global, empresa de serviços financeiros baseada nos Emirados Árabes Unidos, confessou a manipulação do mercado para um token de criptomoeda criado pelo FBI como parte de uma operação contra fraudes.
O caso, que marca a primeira vez que o FBI criou seu próprio token para atrair fraudadores, resultou em uma multa de US$ 428.059 e outras penalidades para a empresa.
Investigação e estratégia do FBI
A operação foi conduzida em torno do token NexFundAI (NEXF), projetado pelo FBI para atrair indivíduos envolvidos em esquemas fraudulentos de pump-and-dump no mercado cripto.
Representando-se como golpistas, agentes do FBI pediram à CLS Global que manipulasse o volume de negociação do token para enganar investidores, fazendo parecer que o NEXF era mais popular do que realmente era.
Crypto industry “market maker” CLS Global FZC LLC agrees to resolve criminal market manipulation charges resulting from undercover operation targeting cryptocurrency “wash trading” – sham trading activity intended to attract investors.
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— U.S. Attorney Massachusetts (@DMAnews1) January 21, 2025
O Ministério Público de Massachusetts disse que a CLS pagaria uma multa de US$ 428.059 e perderia todos os fundos mantidos em diversas contas nas exchanges de criptomoedas Binance e KuCoin.
Em setembro de 2024, a CLS Global foi acusada de manipulação fraudulenta e fraude eletrônica. A empresa concordou em se declarar culpada das acusações em um acordo judicial, admitindo ter participado de wash trading e outras práticas para atrair investidores fraudulentamente.
Penalidades e implicações futuras
Como parte do acordo, a CLS Global foi proibida de participar de transações de criptomoedas em plataformas acessíveis a investidores dos EUA e colocada em liberdade condicional por três anos. Além disso, a empresa terá que enviar certificações anuais à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) para confirmar sua adesão à proibição.
O caso também resultou em acusações civis da SEC, que alegou violações das leis de valores mobiliários. A CLS entrou em um acordo separado com o órgão regulador, e os fundos recuperados ou pagos serão compartilhados entre a resolução criminal e civil.
O caso é uma inovação no combate a crimes financeiros envolvendo ativos digitais, destacando o uso de táticas proativas pelo FBI para identificar e prender golpistas no setor cripto.