- Baixa volatilidade mantém Bitcoin estável, mas riscos seguem elevados.
- Pagamentos da FTX movimentam mercado e elevam incertezas futuras.
- Bitcoin pode cair para US$ 90 mil ou superar US$ 100 mil.
O Bitcoin (BTC) continua sua consolidação entre US$ 94 mil e US$ 100 mil há duas semanas, mas pode enfrentar novas quedas caso rompa o suporte inferior da faixa, alertou o analista Manish Chhetri. Na terça-feira, os pagamentos da FTX pressionaram o BTC para o limite inferior do intervalo, atingindo uma mínima de US$ 93.388 antes de se recuperar e fechar acima de US$ 95.600.
Chhetri destacou que o mercado está em um momento de baixa volatilidade, com volumes de negociação, rendimentos, prêmios de opções e fluxos de ETFs em níveis não vistos desde antes da eleição presidencial dos EUA. “A extração de insights significativos do mercado atual continua desafiadora, pois o Bitcoin permanece limitado a uma faixa com atividade e rendimentos em queda”, afirmou.
Os pagamentos realizados pela FTX na terça-feira desencadearam um movimento abrupto no preço do Bitcoin. A corretora falida começou a devolver valores a credores com saldos de até US$ 50 mil por meio de provedores como Kraken e Bitgo. Segundo dados da Arkham, esse grupo representa aproximadamente US$ 1,2 bilhão em ativos, mas os pagamentos totais podem alcançar até US$ 16,5 bilhões.
A notícia impactou a volatilidade do BTC, que já estava em níveis historicamente baixos. “Atualmente, 37% das 100 maiores empresas dos EUA apresentam uma volatilidade de 30 dias maior que a do Bitcoin, algo não visto desde outubro de 2023”, explicou Chhetri. Ele acrescentou que períodos de baixa volatilidade raramente duram muito tempo e que os traders devem se preparar para uma mudança brusca nesse cenário.
Projeção: Bitcoin pode cair para US$ 90 mil
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Desde que perdeu o suporte dos US$ 100 mil em 4 de fevereiro, o BTC tem se consolidado na faixa entre US$ 94 mil e US$ 100 mil. Caso o preço rompa o limite inferior, Chhetri alertou para uma possível queda até o nível psicológico de US$ 90 mil.
Os indicadores técnicos reforçam o cenário de incerteza. O Índice de Força Relativa (RSI) está em 42, abaixo do nível neutro de 50, sugerindo uma leve pressão vendedora. Enquanto isso, o MACD (Moving Average Convergence Divergence) mostra uma convergência entre suas linhas, indicando indecisão entre os traders.
Por outro lado, se o Bitcoin recuperar força e ultrapassar os US$ 100 mil, poderá buscar uma valorização até sua máxima de 31 de janeiro, em US$ 106.012. “Dado o cenário atual de incerteza, aconselhamos cautela até que um sinal direcional claro apareça”, concluiu Chhetri.