O Bitcoin (BTC) se recuperou ligeiramente nesta quinta-feira (18), sendo negociado a US$ 86.000, após cair quase 15% ao longo da semana. No entanto, o analista Manish Chhetri alerta que o cenário pode se deteriorar ainda mais. “Se a pressão vendedora continuar e os investidores institucionais mantiverem a tendência de liquidação, o Bitcoin pode cair para US$ 73.000 em breve”, afirmou Chhetri.
A recente queda ocorreu em meio às novas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a União Europeia. O Bitcoin despencou para US$ 82.256 na quarta-feira (17), refletindo o impacto da incerteza econômica. “As medidas tarifárias de Trump aumentam a volatilidade do mercado, impactando diretamente ativos de risco como o Bitcoin”, explicou o analista.
Além disso, dados da Coinglass mostram que os ETFs spot de Bitcoin registraram uma saída líquida de US$ 2,2 bilhões nos últimos três dias. “Essa saída significativa de capital institucional contribui para a pressão de venda do BTC, limitando sua recuperação”, destacou Chhetri.
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Bitcoin pode cair ainda mais
Os especialistas também apontam que o mercado global enfrenta sinais de estagflação, o que intensifica a aversão ao risco. Relatórios da QCP Capital indicam que ações, ouro e criptomoedas sofrem um movimento de desvalorização simultâneo. “Embora seja cedo para confirmar um cenário de estagflação, a reação dos mercados sugere um aumento na incerteza”, analisou Chhetri.
No gráfico diário, o Índice de Força Relativa (RSI) indica uma condição de sobrevenda, sugerindo uma possível reversão no curto prazo. “Se o BTC recuperar seu fôlego, poderá retestar a resistência psicológica dos US$ 100.000“, previu Chhetri. Contudo, ele alerta que, se o RSI permanecer em níveis baixos, a correção pode continuar.
O mercado segue atento aos próximos movimentos de investidores institucionais e políticas econômicas globais. Para Chhetri, a situação exige cautela dos traders. “O Bitcoin continua sendo o primeiro ativo a ser liquidado em tempos de incerteza. Por isso, os investidores devem se preparar para possíveis oscilações acentuadas”, concluiu.