- Estados acusam Trump de criar impostos disfarçados com tarifas
- Processo denuncia prejuízos causados a empresas e consumidores
- Tarifa de 145% sobre importações chinesas gera revolta
O presidente Donald Trump se tornou alvo de uma ação judicial coletiva apresentada por 12 estados dos EUA. A queixa acusa suas tarifas de funcionarem como impostos federais não autorizados e destaca os prejuízos econômicos causados.
O processo corre no Tribunal de Comércio Internacional e desafia diretamente a autoridade presidencial sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977.
Estados acusam Trump de causar prejuízos econômicos imediatos
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, lidera o grupo de representantes que inclui Arizona, Colorado, Connecticut, Delaware, Illinois, Maine, Minnesota, Nevada, Novo México, Oregon e Vermont.
Eles alegam que Donald Trump subverteu a ordem constitucional ao aplicar tarifas de até 145% sobre produtos chineses, além de uma tarifa geral de 10% sobre todas as importações.
O documento afirma que as tarifas funcionam como impostos massivos sobre os americanos. Ainda mais. segundo o texto, elas nunca foram aprovadas pelo Congresso, violando o processo constitucional.
A ação destaca que consumidores e empresas pagam a conta, com aumento de preços em itens do cotidiano, como eletrônicos, aço e equipamentos industriais. Porém, a Kris Mayes, procuradora do Arizona, apontou impactos diretos, “O dano não é teórico, está acontecendo em tempo real”.
Ela citou a queda no tráfego de cargas no Porto de Los Angeles e o impacto sobre o turismo e o comércio local. Em Vermont, produtores de laticínios temem sanções retaliatórias. Ainda mais, no Colorado, o alto custo do aço paralisou obras públicas, como escolas.
Governo Trump defende tarifas como resposta estratégica
O presidente anunciou as tarifas no chamado “Dia da Libertação”, em 2 de abril. Ele justificou a medida como uma forma de fortalecer a indústria nacional e combater práticas comerciais desleais.
Mesmo após reações negativas, o governo apenas suspendeu temporariamente algumas tarifas. Outras, como as aplicadas sobre painéis solares e eletrônicos chineses, continuam em vigor até hoje.
Ainda mais, o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, reagiu e acusou os democratas de promoverem “uma caça às bruxas contra Trump”. Ele disse que as tarifas respondem ao “flagelo da migração ilegal, ao fentanil e ao déficit comercial”.
Enquanto isso, os estados mantêm a pressão legal e política. Letitia James afirma que a iniciativa visa “proteger a economia dos americanos e restaurar o equilíbrio constitucional”.