Poucos dias após a província de Sichuan, na China, realizar um seminário para incentivar a mineração de criptomoedas na região, o governo chinês emitiu um aviso pedindo que todas as empresas de cripto da província encerrem as atividades de mineração e quaisquer outras atividades relacionadas.
A região de Sichuan é amplamente conhecida pela sua produção hidrelétrica e baixas temperaturas, o que a torna uma ótima opção para mineradoras de criptomoedas. De fato, a província abriga filiais de gigantes do setor, como a Bitmain e a AntPool, entre outras. Como aponta os dados do BTC.com, a região produz 9,66% do hashrate total do Bitcoin.
Apesar da proibição da atividade na região, isso não significa que mineradoras americanas ou europeias irão absorver essa lacuna. Embora seja difícil obter dados precisos da China, relatórios e projeções ajudam a prever como o recente anúncio pode significar para o Bitcoin.
De acordo com a dados da PANews, uma empresa asiática de pesquisa de blockchain, a China possui outros grandes polos de mineração em outras províncias. Xinjiang, no noroeste da China, é a principal região para mineração no país. A província é uma vasta região de desertos e terras montanhosas e fornece uma zona ideal para os mineiros. Mais de 35% da taxa de hash do Bitcoin é produzida na região.
Além disso, Pequim e Zhejiang também são cidades que se destacam na atividade. Contudo, como as regiões possui alta taxa tanto de eletricidade, quanto de mão-de-obra, elas possuem participações consideravelmente mais baixas no hashrate total.