O ouro (Au) é o septuagésimo nono elemento químico da tabela periódica.
Além de um minério ele também é um metal de transição, que possui propriedades extravagantes como ponto de ebulição a 2856oC, excelente maleabilidade, não reage com quase nada, e dentre outras diversas peculiaridades, ele é raro, bonito e caro!
Já o alumínio (Al), é o metal mais abundante da Terra e é bastante utilizado como assadeira de pizza!
Assim como existem diversos metais na Química, existem diversas criptomoedas no mundo.
Na verdade, uma enxurrada delas! Diversos sítios na Web listam uma boa parte destas moedas, mas não a maioria.
No dia de hoje (27.01), o site da CoinCheckup listava 2110 moedas digitais (https://coincheckup.com/), sendo que o site da CoinMarketCap listava 2116 delas (https://coinmarketcap.com/).
Se você acha que este número é exorbitante, está enganado! E muito! Atualmente existe um número bem maior que isto, onde estima-se que ultrapasse a casa das 6000 moedas digitais.
Apenas a Coinlib lista mais de 5550 criptomoedas (https://coinlib.io/coins).
Talvez agora fique mais fácil de entendermos o termo “Shitcoins” (“moedas lixo”, para não traduzir ao pé da letra) que não devem ter nenhuma utilidade, ou se têm, ainda não é expressiva.
E haja paciência para nos informarmos sobre todas elas.
Este fato não é bom para o mundo das criptos, pois indubitavelmente uma penca destas moedas podem ser pirâmides financeiras, e investir o seu dinheiro nelas é um equívoco imensurável!
Você até pode ter a sorte de comprar uma delas e justamente esta explodir em valor amanhã!
Mas o que mais parece óbvio é que ela vai explodir o seu dinheiro amanhã!
Assim sendo, dividamos a classificação básica das moedas que existem: Altcoins, Shitcoins, Stablecoins, e quem está faltando? O Bitcoin!
Mesmo que o conceito esteja um pouco deturpado aqui (pois as Shitcoins são um tipo de Altcoins), preferi separar as Altcoins como moedas que possuam fundamentos plausíveis!
Estima-se que elas servem ou servirão para algo, até que se prove o contrário!
Acima já foi explicado o termo Shitcoin, que é basicamente uma moeda sem fundamentos que prestem para algo, e que morrerá antes de nascer, se é que isso é possível!
Os Forks que ocorrem nas moedas também produzem novas Altcoins (ou Shitcoins). Exemplos mais marcantes são o Bitcoin Gold (primeiro Hard Fork do Bitcoin), e mais recentemente o Bitcoin Cash ou “Trash” (BCHABC) e o Bitcoin “Lixão” (Bitcoin SV), “gentilmente” assim apelidados pelo Felipe Barba do canal Bitnada (https://www.youtube.com/user/xhellmanx/featured).
Por sua vez, as Stablecoins surgiram para que pudesse haver um fundo de reserva fora da volatilidade do agressivo mercado das criptomoedas.
Podemos listar algumas aqui: USCD (USD CENTRE), TUSC (TRUE USD), PAX (PAXOS), DAI (Alocada na blockchain da Ethereum), GUSD (GEMINI, dos irmãos gêmeos muy amigos do MarK Zuckerberg), e a maior em Market Cap (capitalização de mercado), mas de certa forma famigerada USDT (TETHER), dentre outras (https://cryptoslate.com/cryptos/stablecoin/).
Uma vez elencadas as categorias de criptomoedas que existem, assim como um minério não desbancará o ouro, nenhuma criptomoeda desbancará o Bitcoin.
São como o ouro e o alumínio. Se você ouviu falar esta anedota, de que o Bitcoin perderá seu lugar ou terá alguma criptomoeda que sobreporá o seu valor, saiba que isto faz parte de um folclore, onde o Saci Pererê briga com o Curupira para ver quem te engana mais nos passos que dão!
Por que esta certeza? Porque temos que analisar alguns fatores que fundamentam esta hipótese. E estes fundamentos, hoje, não desbancam o Bitcoin!
Antes de mais nada faz-se importante ressaltar que aonde o pai vai, leva seus filhos! O Bitcoin é o pai das moedas (e a mãe e avós, também)!
O que quero dizer é que normalmente se o preço do Bitcoin cai, as demais criptomoedas desabam! Se o preço do Bitcoin se valoriza, as demais criptos sobem juntas.
Não é uma regra, mas um suposto paradoxo que se torna um paradigma! E neste contexto as Stablecoins não se movem!
Então, vamos analisar os demais fundamentos.
Primeiramente, abra qualquer site que citei lá em cima, que lista as criptomoedas existentes e analise o número de moedas em circulação (Circulating Supply) que apresenta a quantidade de cada Token relativamente disponível no mercado.
Digo relativamente, pois como exemplo, a XRP (da Ripple), já possui uma quantidade total fixa de moedas, mas nem todas estão disponíveis para transações.
O Bitcoin é uma das moedas mais raras em quantidade.
Existirão consideravelmente poucas moedas ao término de seus halvings (período ao qual cai pela metade a produção em blocos da maioria das moedas digitais). Exatamente e apenas 21 milhões (https://www.bitcoinblockhalf.com/).
Quanto mais moedas, maior poderá ser a sua inflação. Citarei um exemplo em relação a isto.
Imagine que a Dentacoin (DCN), que hoje vale uma merreca, um dia se valorize tanto ao ponto de custar 1000 dólares. A sua fatia no mercado global financeiro (Market Cap) será de “meros” quatrilhões de dólares! Nem preciso falar mais nada!
No mais, a título de comparação, o Bitcoin e as Altcoins são voláteis em preço.
Tanto por especulação quanto por competência de serviços prestados à sociedade, e estas moedas se valorizam ou desvalorizam em questão de minutos. E o que isto tem a ver com o Bitcoin?
Acessando a página da CoinGoLive (https://coingolive.com/pt-br/coin/price/) há uma comparação atualizada de quanto cada moeda deveria se valorizar para atingir o valor de 100 milhões de Satoshis (equivalente a 1 Bitcoin).
As porcentagens são significantes! E isto que esta comparação não releva se o valor do Bitcoin vai subir, também!
Atualmente, o Bitcoin a título de Market Cap representa aproximadamente 52% da fatia do mercado, sendo que a XRP e a Ethereum (ETH) representam pouco mais de 10%.
A EOS vem em quarto lugar com meros 2% desta fatia! Se pudermos fazer uma analogia, o Bitcoin representa a metade das fatias de uma pizza grande que você compra.
Nos baseando nestas comparações, as possibilidades mais plausíveis para o Bitcoin perder seu status de ouro das criptomoedas seriam duas:
A) O Bitcoin morrer e num simples passe de mágica deixar de existir! Sem ceticismo, acredito que se isto acontecesse as demais moedas já estariam enterradas e sendo rezada a missa de sétimo dia.
B) O Bitcoin se desvalorizar incondicionalmente, e as demais moedas digitais evoluírem ao ponto de valerem mais que ele!
Assim sendo, voltemos a onde partimos: o Título e o Subtítulo desta matéria. O Alumínio (humildemente comparado às Altcoins), hoje, possui mais utilidades que o ouro (elegantemente comparado ao Bitcoin), afinal de contas é muito mais barato e ordinário que ele.
Desta forma, algumas criptomoedas até podem ser mais úteis que o Bitcoin, mas quem vai assar uma pizza numa travessa de ouro e dar uma aliança de alumínio para o(a) seu (sua) cônjuge?
Eu que não!
Um grande abraço meus caros, e até a próxima!