O recente hack da Bybit expôs dados de usuários, evidenciando a vulnerabilidade de plataformas centralizadas. Este incidente reforça a importância da confidencialidade na compra de criptomoedas. Ao seguir as recomendações de Rocelo Lopes, como a utilização de corretoras internacionais com menor exigência de KYC e o uso de soluções de camada 2, os usuários podem reduzir significativamente o risco de exposição de seus dados pessoais e financeiros, protegendo-se contra ameaças semelhantes.
Principais preocupações com a privacidade
Ao adquirir criptomoedas, uma das principais preocupações é que o vendedor tenha acesso a dados pessoais e financeiros do comprador. Lopes destaca que, ao comprar em corretoras, “quem está te vendendo as criptomoedas passarão a ter os dados fiduciários e poderá monitorar seu endereço de carteira, não apenas as transações, mas também o saldo”. Além disso, ele alerta para o risco de vazamento de dados, que pode resultar na exposição do endereço do usuário na deep web.
Métodos eficazes para comprar com privacidade
Para aqueles que desejam maior privacidade, Lopes recomenda a compra em corretoras internacionais, como a Bitfinex, que não têm presença no Brasil. Ele sugere também o uso de soluções de camada 2, como a Liquid, para manter o controle sobre os Bitcoins. “Usar a Liquid para guardar os Bitcoin em custódia própria é uma estratégia eficaz”, afirma.
Desafios na manutenção da privacidade
Um dos principais obstáculos que os usuários enfrentam é a falta de conhecimento sobre como utilizar outras criptomoedas que possam ajudar a quebrar o rastro das transações. Lopes explica: “É fundamental entender como usar plataformas como a SWAPx para enviar Reais para a Bitfinex, convertê-los em USDT e, em seguida, transferir para uma Aqua Wallet, onde se pode fazer um swap para Bitcoin na Liquid.” Esse conhecimento é crucial para garantir transações mais anônimas.
Cuidados pessoais durante transações
Para proteger suas informações pessoais, Lopes aconselha a utilização de corretoras fora do Brasil que ofereçam transações confidenciais. “O uso de corretoras que não exigem KYC rigoroso pode ser uma maneira de manter sua identidade mais segura”, ressalta.
O Futuro da privacidade nas criptomoedas
O CEO da Smartpay é otimista quanto ao futuro da privacidade nas transações de criptomoedas. Ele observa que muitas blockchains estão explorando maneiras de adicionar recursos de privacidade. “A Solana já implementou algumas soluções, mas ainda precisa que as carteiras suportem esses recursos. A Liquid, por outro lado, já está à frente, oferecendo privacidade no USDT”, comenta.
Mudanças necessárias nas plataformas de compra
Embora Lopes reconheça a importância das corretoras, ele enfatiza que não existe uma solução mágica para garantir a privacidade. “Os usuários precisam usar plataformas descentralizadas (DeX) em conjunto com corretoras centralizadas (CeX) para proteger sua identidade ao máximo”, sugere.
A importância da privacidade nas criptomoedas
Por fim, Lopes destaca a relevância de aceitar pagamentos em criptomoedas, como já faz a equipe da Smartpay, que recebe em USDT e, em breve, em USDT-Liquid. Ele também recomenda que os brasileiros considerem a possibilidade de adquirir uma segunda residência em locais como a República de Palau, onde a privacidade pode ser melhor protegida.
“Em um mundo cada vez mais digital, entender e aplicar essas estratégias pode ser essencial para aqueles que desejam navegar pelas criptomoedas com segurança e privacidade”, finaliza.
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