O mercado de criptomoedas começou 2025 com um cenário misto. Enquanto grandes ativos demonstraram resiliência, moedas menores enfrentaram quedas acentuadas. O grande destaque do mês foi o Bitcoin (BTC), que atingiu um novo recorde no dia da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Desde sua eleição, em novembro, o mercado cripto disparou mais de 60%, refletindo a visão otimista sobre seu posicionamento pró-cripto. No entanto, essa forte valorização gerou uma onda de realização de lucros, impactando momentaneamente os preços dos ativos digitais. Além disso, incertezas sobre a política tarifária do novo governo e o lançamento do modelo de inteligência artificial DeepSeek, da China, influenciaram o humor dos investidores globais.
Apesar da volatilidade, a adoção institucional de criptomoedas avançou, impulsionada pelo anúncio da SEC sobre uma força-tarefa para regular o setor. Além disso, a ordem executiva de Trump para estudar a criação de uma reserva estratégica de ativos digitais sugere uma aceitação governamental da classe de ativos.
Diante desse cenário, os analistas do BTG Pactual ajustaram suas recomendações para fevereiro, buscando maximizar oportunidades e reduzir riscos. A principal mudança foi a redução da exposição ao Ethereum (ETH), devido a desafios estruturais e incertezas na governança do projeto.
A fragmentação da liquidez no ecossistema da Ethereum impactou negativamente o desempenho do token ETH. Como resposta, o BTG reforçou investimentos em Solana (SOL), que tem mostrado forte adoção institucional e crescimento expressivo.
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Nos últimos seis meses, o Total Value Locked (TVL) da Solana aumentou 122%, e os endereços ativos cresceram 243%. A eficiência da rede se destacou quando, no lançamento do token $TRUMP, a Solana processou 8 milhões de transações por minuto, seis vezes mais do que o total diário da Ethereum.
Além disso, o setor de Finanças Descentralizadas (DeFi) ganhou espaço na carteira do BTG. O banco direcionou investimentos para protocolos como Aave (AAVE), Uniswap (UNI) e Jito, que apresentaram crescimento expressivo na geração de taxas nos últimos meses, com aumentos de 109%, 112% e 686%, respectivamente.
O BTG também adicionou Avalanche (AVAX) e Render (RENDER) à sua carteira. Após uma correção em dezembro, os preços dessas criptomoedas voltaram a níveis atrativos, criando oportunidades de compra alinhadas aos seus fundamentos sólidos.
As principais teses do BTG Pactual para fevereiro
- Bitcoin (BTC) como reserva de valor: O BTC segue como o ativo mais consolidado do mercado e tem sido cada vez mais adotado institucionalmente. A entrada massiva de capital nos ETFs de Bitcoin nos EUA reforça essa tendência.
- Contratos inteligentes e aplicações descentralizadas: Redes que viabilizam dApps continuam atraindo desenvolvedores e investidores, consolidando-se como um dos pilares da inovação no setor.
- Crescimento das Finanças Descentralizadas (DeFi): Protocolos de staking, empréstimos e exchanges descentralizadas continuam em ascensão, impulsionando a transformação do sistema financeiro.
- Tokenização de ativos do mundo real: A tokenização de imóveis, ações e outros ativos tradicionais expande o acesso a investimentos e melhora a liquidez do mercado.
- Convergência entre Inteligência Artificial e Blockchain: Projetos que unem IA e blockchain oferecem soluções inovadoras, aumentando a eficiência e a segurança do setor.
Com essas recomendações, o BTG Pactual busca posicionar seus investidores para aproveitar as oportunidades do mercado cripto em fevereiro. O setor segue em evolução, e estratégias bem fundamentadas podem maximizar os ganhos em meio à volatilidade característica dos ativos digitais.