- Tom Lee e Brandt alertam para queda de 50% no BTC
- Padrão técnico indica possível colapso para US$ 55 mil
- Volatilidade pode gerar nova oportunidade de compra em breve
O Bitcoin (BTC) está sob forte pressão depois de dois dos analistas mais respeitados do mercado cripto fazerem alertas de correção severa. Tom Lee, da BitMine, e o veterano trader Peter Brandt afirmaram que a principal criptomoeda pode despencar até 50%, mesmo com o otimismo causado pelos recordes de entrada em ETFs de Bitcoin.
Durante uma entrevista com Anthony Pompliano, Tom Lee explicou que o BTC continua sendo um ativo de alto beta, ou seja, ele amplifica os movimentos do mercado tradicional. “Tenho certeza de que haverá quedas de 50%“, disse Lee, lembrando que o S&P 500 costuma recuar de 20% a 25% em crises e o Bitcoin, normalmente, cai o dobro disso.
De acordo com Lee, a recente alta do BTC acima dos US$ 110 mil não elimina o risco de uma correção profunda. “Se o S&P cair 20%, o Bitcoin pode cair 40%“, reforçou, destacando que a volatilidade extrema é um elemento natural, mas perigoso, do ciclo cripto.

Peter Brandt compara o Bitcoin à soja de 1977
Peter Brandt reforçou o alerta ao traçar uma comparação curiosa, o atual comportamento do Bitcoin se assemelha à quebra da soja em 1977, quando os preços despencaram mais de 50%. Além disso, a criptomoeda está formando um padrão de topo alargado, estrutura técnica que, historicamente, antecipa quedas acentuadas.
“Se esse padrão se repetir, podemos ver o Bitcoin recuperar apenas metade do seu valor atual”, alertou Brandt.
Uma retração desse porte empurraria o preço para cerca de US$ 55 mil, patamar visto pela última vez em setembro de 2024.
Brandt também alertou empresas como a Strategy (MSTR), fortemente expostas ao BTC. Segundo ele, ações ligadas à criptomoeda poderiam sofrer pressão intensa caso o preço realmente desabasse.
Otimismo cauteloso e foco no longo prazo
Apesar do alerta de curto prazo, Tom Lee mantém sua visão otimista sobre o futuro das criptomoedas. Ele reafirmou que a volatilidade costuma preceder fases explosivas de valorização, e destacou que a BitMine continua ampliando posições em Ethereum, acumulando mais de 3 milhões de ETH, cerca de 2,5% do fornecimento total.
Lee prevê o Ethereum a US$ 5.500 e acredita que a tokenização e a demanda institucional continuarão impulsionando o setor. Ainda assim, ele e Brandt concordam que uma correção temporária pode ocorrer se as tensões comerciais globais aumentarem.
Um analista do Standard Chartered reforçou o tom de cautela, prevendo um recuo de curto prazo por causa da guerra comercial e da incerteza macroeconômica. Para ele, qualquer queda expressiva do BTC representará uma “grande oportunidade de compra” para quem pensa no longo prazo.
Enquanto o medo domina parte do mercado, a volatilidade continua sendo a essência do Bitcoin, e talvez o maior teste para os investidores que ainda acreditam na força do ativo digital mais valioso do mundo.



