O Bitcoin iniciou outubro com uma forte consolidação em torno de US$ 64.000, e o analista Matthew Hayward acredita que a criptomoeda pode estar a caminho de uma alta significativa nas próximas semanas. Com base em dados históricos e condições macroeconômicas, Hayward sugere que o Bitcoin pode romper a marca de US$ 70.000 até o final do mês, caso o cenário continue favorável.
“Estamos começando outubro após um dos melhores setembros para o Bitcoin em anos”, afirma Hayward.
Tradicionalmente, setembro é um mês fraco para o Bitcoin, com uma média de queda de 6,5% desde 2013. No entanto, em 2024, o BTC contrariou essa tendência e registrou um crescimento de 7%, atingindo uma alta de dois meses de US$ 66.500. “Ver um desempenho positivo em setembro é raro, e isso pode ser um indicador de que estamos entrando em um ciclo de alta mais consistente”, explica o analista.
Historicamente, outubro tende a ser um mês forte para o Bitcoin. Segundo Hayward, desde 2013, a criptomoeda só registrou dois retornos negativos nesse mês. “Na média, o Bitcoin costuma subir 22% em outubro, e em 2013 chegou a atingir um ganho de 60%”, afirma.
Com base nesse padrão histórico, o analista considera que o cenário para uma valorização significativa em outubro é promissor, impulsionado também pelas condições macroeconômicas globais.
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Bitcoin: condições macroeconômicas favoráveis
O ambiente econômico atual também oferece suporte para uma alta do Bitcoin. “A política monetária dos Estados Unidos está ficando mais frouxa, com o Federal Reserve iniciando um ciclo de corte de juros”, destaca Hayward.
O banco central americano reduziu os juros em 50 pontos-base em setembro e há expectativa de mais cortes moderados até o final do ano. Além disso, o recente pacote de estímulo econômico da China, que inclui reduções de juros e medidas de apoio ao crédito, também contribui para o clima favorável a ativos de risco, como o Bitcoin.
Hayward também chama a atenção para a correlação entre o Bitcoin e o mercado de ações dos EUA, em especial o S&P 500, que atingiu recordes históricos recentemente. “A alta no mercado de ações é um sinal positivo para o Bitcoin, já que os dois mercados têm se movido de maneira correlacionada”, observa.
Além disso, o cenário político americano está mais favorável para o mercado de criptomoedas. “A vice-presidente Kamala Harris sinalizou apoio à crescente indústria cripto nos Estados Unidos, o que reduz o risco regulatório e aumenta a confiança dos investidores”, diz Hayward.
A análise técnica também reforça a visão otimista do analista. Desde março, o Bitcoin vinha sendo negociado em um canal descendente, mas nas últimas semanas o preço se recuperou, rompendo as médias móveis de 50, 100 e, mais recentemente, a de 200 dias. “Quando o preço ultrapassa a média móvel de 200 dias, isso geralmente indica uma tendência de alta de longo prazo”, explica Hayward.
Atualmente, o Bitcoin está testando a média móvel de 200 dias como suporte, e se os compradores conseguirem defender esse nível, Hayward acredita que o preço pode romper a resistência de US$ 66.500 e seguir rumo a US$ 70.000.
“Se houver um rompimento convincente acima de US$ 66.500, podemos ver o Bitcoin atingir um novo topo histórico”, afirma. No entanto, ele alerta que, caso o suporte de 200 dias não se mantenha, o preço pode recuar para US$ 60.000.