- Banco corta previsão do Bitcoin pela metade para 2026.
- ETFs assumem papel central no novo ciclo de alta.
- Halving perde força como principal motor do preço.
Um relatório, divulgado nas redes sociais pelo chefe de pesquisa da VanEck, indica que o banco Standard Chartered considera superadas as antigas previsões baseadas no ciclo tradicional de halving. Além disso, o documento afirma que o comportamento de preço do Bitcoin passou a responder muito mais aos movimentos institucionais.
Assim, os analistas defendem que os modelos anteriores já não conseguem capturar o cenário atual, especialmente após a chegada dos ETFs nos Estados Unidos.
De acordo com o Standard Chartered, a lógica histórica, que previa picos cerca de 18 meses após cada halving, perdeu força. O ambiente mudou de forma relevante. Os especialistas afirmam que a validação definitiva desse novo ciclo deve ocorrer apenas em 2026, quando esperam uma quebra do recorde histórico de US$ 126 mil, registrado em outubro de 2025.
Mesmo com a revisão mais conservadora, o banco acredita que o Bitcoin pode atingir esse novo pico no primeiro semestre daquele ano. No entanto, a mudança mais comentada envolve a readequação da projeção de preços. O Standard Chartered cortou a previsão para 2025 de US$ 200 mil para US$ 100 mil.
Além disso, reduziu o alvo de 2026 de US$ 300 mil para US$ 150 mil. A instituição também ajustou suas estimativas para 2027, 2028 e 2029, mantendo apenas o objetivo de longo prazo em US$ 500 mil para 2030, mostrando que mantém confiança no potencial estrutural da criptomoeda.
Preço do Bitcoin em 2026
Apesar da revisão, o chefe de pesquisa em ativos digitais do Standard Chartered ressalta que o momento de queda não representa um novo inverno cripto. Ele afirma que o setor enfrenta apenas “uma brisa fria”, semelhante a outras correções dentro de ciclos de alta anteriores.
Contudo, ele reconhece que a queda nas avaliações das empresas listadas que mantêm Bitcoin em tesouraria reduziu o papel dessas companhias como compradoras importantes no mercado. Por isso, os ETFs de Bitcoin assumiram maior influência sobre os movimentos de curto prazo.
Ao mesmo tempo, outra grande casa de análise de Wall Street reforçou essa leitura. Um relatório recente aponta que o ciclo do Bitcoin rompeu o padrão de quatro anos e agora segue um movimento mais longo. Nesse cenário, a presença institucional ajuda a reduzir o impacto das vendas de varejo.
Mesmo com a correção de aproximadamente 30%, os dados mostram saídas inferiores a 5% nos ETFs. Assim, os analistas dessa instituição também projetam o Bitcoin em US$ 150 mil até 2026, com possibilidade de pico já em 2027.


