- Banco movimenta milhões sem aval e gera crise financeira.
- Falência de intermediária bloqueia acesso a milhões de clientes.
- Yotta acusa Evolve de fraude e quebra de confiança.
Um banco bilionário dos Estados Unidos enfrenta acusações graves após movimentar milhões de dólares sem permissão. A denúncia envolve a retirada silenciosa de fundos das contas de milhares de clientes.
A fintech Yotta Technologies, parceira do banco, decidiu levar o caso à Justiça e acusa a instituição de fraude, negligência e conspiração.
Clientes sem acesso às economias
O centro da disputa gira em torno do Evolve Bank & Trust, responsável por guardar os fundos dos clientes da Yotta. A fintech oferecia uma conta de poupança com rendimento elevado e, para isso, mantinha os depósitos sob custódia do Evolve.
Em maio de 2024, a Synapse, que atuava como intermediária entre as duas empresas, entrou com pedido de falência. O colapso da parceira agravou a situação e bloqueou o acesso de 85 mil clientes da Yotta a mais de US$ 112 milhões.
A Yotta afirma que o Evolve movimentou mais de US$ 25 milhões sem qualquer autorização. Segundo a denúncia, o banco transferiu esses valores diretamente para a Synapse, sem informar os clientes ou a própria Yotta.
A empresa diz que essas ações violaram não apenas as regras bancárias, mas também a confiança de quem acreditava na solidez do sistema.
Banco atribui culpa à falência da fintech
A Evolve não nega a existência dos problemas, mas tenta transferir a responsabilidade. Porém, em sua defesa, o banco afirma que a Synapse forneceu dados imprecisos, o que teria causado a confusão nos saldos e nas transferências.
Mesmo com a alegação de inocência, o banco começou a reembolsar parte dos valores. Até agora, pagou cerca de US$ 11 milhões a 13.300 clientes, com uma média de apenas 18 centavos por dólar devido.
A Yotta, no entanto, insiste que a Evolve agiu com má-fé. Para a fintech, o banco tirou o dinheiro “simplesmente por vontade própria”, ferindo os princípios mais básicos da boa prática bancária.
O rombo total estimado gira entre US$ 65 e US$ 95 milhões. Além disso, o caso segue em investigação e levanta preocupações sobre os riscos envolvidos nas relações entre bancos e fintechs.
A falta de transparência nas operações e a dificuldade de responsabilizar os envolvidos deixam milhares de clientes no prejuízo e sem previsão de quando, ou se, receberão seu dinheiro de volta.