- Ouro brilha enquanto Bitcoin perde força
- Mercado teme novo teste das mínimas
- ETFs sinalizam confiança institucional
O Bitcoin (BTC) entrou numa nova fase de tensão no mercado. A criptomoeda mais valiosa do mundo encara alertas crescentes de uma possível queda para US$ 102 mil, enquanto o ouro segue o caminho oposto, batendo recordes históricos impulsionados pelas expectativas de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed).
Às vésperas da abertura de Wall Street nesta quarta, as vendas de BTC aumentaram. As métricas de preço continuam fracas, sem sinais claros de recuperação. Segundo dados da CoinGlass, o ativo mantém liquidez negativa, e os touros ainda não conseguiram romper a resistência em US$ 114 mil, um patamar técnico crucial para o curto prazo.

Traders temem repetição das mínimas da Binance
O trader Roman alertou que o movimento atual pode indicar uma reversão fracassada. Em análise publicada no X (antigo Twitter), ele afirmou que o mercado pode testar novamente as mínimas de US$ 102 mil vistas na Binance na semana passada.
“Parece que o mercado vai preencher o pavio até 102 mil. Qualquer valor abaixo disso invalida a configuração atual”, explicou.
A possível retração representa uma queda de 19% em relação às máximas recentes, algo comum em mercados de alta iniciados após longos períodos de acumulação.
O analista Ted Pillows reforçou que a estrutura de longo prazo do Bitcoin permanece saudável, desde que o preço se mantenha acima desse suporte.
“Se o BTC fechar uma vela mensal abaixo de US$ 102 mil, aí sim eu ficaria preocupado”, destacou.
Já o trader Crypto Tony afirmou que a mínima de US$ 110.500 precisa se manter para evitar uma pressão vendedora ainda maior.
Ouro em alta e esperança no Federal Reserve
Enquanto o Bitcoin vacila, o preço do ouro disparou acima de US$ 4.200 por onça, atingindo o maior valor da história. O avanço ocorreu após um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que reacendeu as esperanças de novos cortes nas taxas de juros em outubro.

De acordo com a QCP Capital, a correlação entre Bitcoin e ouro subiu para 0,85, refletindo fluxos sincronizados entre reservas de valor digitais e tradicionais. A empresa, porém, questionou se o Bitcoin continuará cumprindo o papel de “ouro digital” diante da força do metal físico.
Apesar do momento de volatilidade, os ETFs de Bitcoin e Ethereum registraram entradas significativas, somando US$ 338,9 milhões em apenas um dia. Isso indica que parte dos investidores institucionais ainda aposta na recuperação das criptomoedas a médio prazo.