- Liquidações de US$ 1,1 bilhão colocam o Bitcoin em alerta
- Corte do Fed aumenta a incerteza e pressiona o mercado cripto
- Analistas divergem sobre possível reversão ou queda mais profunda do BTC
O Bitcoin entrou numa nova fase de instabilidade, testando o piso da sua faixa de preço depois de uma onda de vendas forçadas que ultrapassaram US$ 1,1 bilhão em apenas 24 horas. A queda veio logo após o Federal Reserve cortar a taxa de juros em 0,25%, um movimento que, em teoria, deveria impulsionar os ativos de risco, mas teve o efeito oposto nos mercados.
As ações em Wall Street abriram em baixa nesta quinta-feira, e o reflexo foi imediato no mercado cripto. O BTC/USD atingiu o fundo da zona de suporte, obrigando os compradores a defenderem o nível com força. Porém, essa região se tornou um ponto crítico para decidir se o preço vai segurar ou ceder a uma nova correção.
Corte do Fed e tensões com a China afetam o sentimento
O cenário macroeconômico, que deveria trazer algum alívio, acabou intensificando a incerteza. A reunião do Fed gerou esperança de estímulos futuros, mas o mercado enxergou o movimento como sinal de cautela excessiva por parte do banco central norte-americano.
Ao mesmo tempo, o impasse comercial entre os EUA e a China continua pesando. Apesar do discurso otimista do presidente Donald Trump, que afirmou no Truth Social ter tido uma “reunião excelente” com Xi Jinping, os investidores reagiram com desconfiança.
“O acordo ainda parece distante”, comentou um analista da CoinGlass. “Os mercados estão desconfortáveis com a falta de clareza e isso atinge diretamente os ativos de risco, como o Bitcoin.”
O ouro voltou a superar os US$ 4.000 por onça, reforçando a fuga para ativos de proteção. Já o S&P 500 e o Nasdaq renovaram mínimas semanais, em linha com a queda das criptomoedas.
Traders divergem sobre os próximos movimentos do BTC
A liquidação recorde no mercado cripto acendeu o alerta. A plataforma CoinGlass mostrou que as liquidações em 24 horas ultrapassaram US$ 1,1 bilhão, o maior volume desde agosto. Isso indica que muitos investidores apostaram na continuidade da alta e foram pegos de surpresa.

Entre os analistas, há divergência sobre o que vem a seguir. O trader CrypNuevo afirmou que a movimentação faz parte do “comportamento habitual” do mercado após reuniões do Fed, sugerindo que o BTC apenas corrigiu desequilíbrios temporários.

Já o trader Roman foi mais pessimista. Ele destacou que o Bitcoin não acompanhou as ações nem durante as altas, o que pode sinalizar fraqueza estrutural. Para ele, uma reversão mais profunda pode ocorrer se o suporte atual for rompido.
Ainda mais, com outubro praticamente encerrado, a CoinGlass classificou o mês como “vermelho” para o Bitcoin pela primeira vez desde 2018. A pressão dos vendedores e o aumento das liquidações deixam o ativo em uma corda bamba, enquanto o mercado aguarda novos sinais de força ou de colapso antes do fechamento mensal.

 
			


 
		 
		