- Bitwise aposta em explosão cripto no segundo semestre
- ETFs e bancos podem impulsionar nova onda de demanda
- Coinbase lidera revolução financeira com entrada no S&P 500
O segundo semestre começou, e a Bitwise não hesita, o mercado de criptomoedas está pronto para decolar. A gestora acredita que, mesmo com um primeiro semestre tímido, os próximos meses trarão recordes e forte valorização.
Matt Hougan, CIO da Bitwise, reafirmou essa visão otimista no memorando publicado nesta semana. Ele destacou que, embora apenas duas das previsões feitas em dezembro tenham se confirmado, o cenário permanece alinhado para uma arrancada histórica no setor.
Otimismo segue firme apesar do desempenho morno
O Bitcoin chegou a encostar em US$ 112 mil em maio, mas hoje opera abaixo de US$ 108 mil. Mesmo assim, a Bitwise ainda vê espaço para o BTC ultrapassar os US$ 200 mil até dezembro. Para Hougan, o movimento de alta alimenta novos aportes, e esse ciclo de “reflexividade” deve acelerar com o tempo.
Ethereum e Solana, por outro lado, seguem pressionadas. O ETH recua 24% no ano e está cotado abaido de US$ 2.500. Já o SOL caiu 25% e vale US$ 146. Ambos continuam distantes de seus recordes históricos, mas a Bitwise mantém sua tese de que essas moedas podem surpreender no fim do ano.
ETFs e interesse institucional reforçam a aposta
O crescimento dos ETFs de Bitcoin à vista ainda não alcançou os níveis esperados. Até agora, eles captaram US$ 13 bilhões, contra US$ 35 bilhões em 2024. Mesmo assim, Hougan acredita que isso vai mudar. Segundo ele, grandes bancos como Wells Fargo aprovaram a compra desses ETFs por consultores financeiros, o que pode destravar uma nova onda de demanda.
A Bitwise também apostou que a Coinbase ultrapassaria a Schwab em valor de mercado em 2025. Hoje, a corretora cripto vale cerca de US$ 90,6 bilhões, enquanto a Schwab lidera com US$ 166 bilhões. Hougan admite que essa previsão parece distante, mas insiste que a Coinbase está no centro de uma revolução financeira.
Ele aponta mudanças profundas, como stablecoins, liquidação acelerada e ativos tokenizados, como catalisadores dessa transformação. Mesmo sem bater a Schwab, a Coinbase já brilhou, entrou no S&P 500 em maio e, dias depois, liderou o desempenho do índice – mesmo após sofrer uma violação de dados.
No mesmo período, a Circle também chamou atenção. A emissora da stablecoin USDC levantou mais de US$ 1 bilhão em um IPO de sucesso. Apesar disso, deixou US$ 1,7 bilhão “na mesa”, o que indica que o apetite por criptomoedas segue seletivo – mas ainda presente.
A Bitwise continua firme em sua visão: o segundo semestre será o palco para uma virada marcante no mercado cripto. E, se os ventos mudarem, 2025 ainda pode entrar para a história dos ativos digitais.