- BlackRock lidera custódia institucional com mais de US$ 101 bilhões
- ETFs de Bitcoin e Ethereum já rendem US$ 260 milhões anuais
- Tokenização e novas parcerias impulsionam expansão global da gestora
Os ETFs de Bitcoin e Ether da BlackRock estão movendo cifras impressionantes. Em menos de dois anos, esses produtos já geraram US$ 260 milhões em receita anual. Leon Waidmann, chefe de pesquisa da Onchain Foundation, revelou os números e destacou o impacto histórico da iniciativa.

Desse total, US$ 218 milhões vêm dos produtos ligados ao Bitcoin e US$ 42 milhões dos fundos atrelados ao Ethereum. Para Waidmann, isso mostra que as criptomoedas não são mais vistas como simples experimentos. “A maior gestora de ativos do mundo provou que as criptomoedas são um centro de lucro importante“, afirmou.
O crescimento dos ETFs cripto
Segundo a Arkham Intelligence, a BlackRock já se tornou a maior custodiadora institucional de Bitcoin e Ethereum. A empresa detém mais de 756.000 BTC, avaliados em US$ 85,29 bilhões, e cerca de 3,8 milhões de ETH, com valor de US$ 15,89 bilhões. Porém, somando outros tokens, a gestora ultrapassa US$ 101 bilhões em criptoativos sob custódia.

Esse movimento tem atraído fundos de pensão, seguradoras e até fundos soberanos, que passam a enxergá-la como referência. O próprio Waidmann reforçou que Wall Street não pode mais ignorar as criptomoedas como simples promessa. “As instituições estão atrasadas. O mercado já reconhece o potencial imediato“, disse.
Relatórios mostram que somente o fundo de Ethereum da BlackRock recebeu US$ 512 milhões em entradas líquidas na última semana. Além disso, a empresa registrou US$ 14,1 bilhões em aportes digitais no segundo trimestre de 2025, confirmando que o setor está em plena expansão.
Aposta em tokenização e ativos digitais
Embora os criptoativos still representem apenas 1% dos US$ 12,5 trilhões sob gestão da BlackRock, a categoria cresce rapidamente. Além disso, os ETFs de criptomoedas sozinhos renderam US$ 40 milhões em taxas e empréstimos de títulos apenas no segundo trimestre de 2025.

O CEO Larry Fink atribui o avanço à entrada de novos investidores. “Estamos atraindo uma nova geração cada vez mais global com nossas ofertas digitais“, destacou. Paralelamente, a empresa trabalha em fundos tokenizados vinculados a ativos do mundo real, como ações, uma medida que pode transformar Wall Street.
Esse movimento acompanha a experiência com o fundo BUIDL, lançado em 2024, que já soma mais de US$ 2 bilhões em ativos tokenizados. Além disso, a parceria da Ripple com a Securitize abriu caminho para trocas entre fundos tokenizados e a stablecoin RLUSD, ampliando a integração do mercado cripto.
Especialistas como Alessio Quaglini, CEO da Hex Trust, acreditam que a regulamentação dos EUA será o último passo para a adesão plena. “Assim que os bancos oferecerem custódia e negociação de Bitcoin, teremos adoção real“, afirmou.
Esse cenário reforça que os ETFs da BlackRock não são apenas um marco de receita, mas um ponto de inflexão no futuro do sistema financeiro global.