- A BlackRock relatou US$ 84 bilhões em entradas líquidas totais no primeiro trimestre de 2025
- Até 31 de março, o valor total sob gestão em criptoativos era de US$ 50,3 bilhões
- Em contraste com o desempenho positivo da BlackRock, outras gestoras enfrentaram dificuldades no mesmo período
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, divulgou um volume de US$ 3 bilhões em entradas líquidas em produtos de criptoativos no primeiro trimestre de 2025. Os dados foram revelados no relatório financeiro publicado em 11 de abril, mostrando que mesmo com a volatilidade do mercado, o interesse dos investidores por ETFs vinculados a criptomoedas continua forte. Essa movimentação representa 2,8% de todas as entradas em ETFs da gestora durante o período.
Produtos digitais representam pequena parte da receita, mas tendência é de crescimento
Apesar do crescimento nos aportes, os ativos digitais ainda representam uma fração mínima da operação da BlackRock. Até 31 de março, o valor total sob gestão em criptoativos era de US$ 50,3 bilhões. Esse montante equivale a aproximadamente 0,5% dos US$ 11,6 trilhões administrados pela companhia globalmente.

Além disso, a receita obtida com taxas baseadas em produtos digitais foi de US$ 34 milhões no trimestre, representando menos de 1% da receita de longo prazo da empresa. Mesmo assim, o CEO Larry Fink destacou a expansão orgânica das taxas como a melhor desde 2021. Segundo ele, o foco continua em ajudar clientes a navegar pelas mudanças do mercado e identificar oportunidades estruturais de longo prazo.
BlackRock se destaca enquanto concorrentes enfrentam saídas em massa
Em contraste com o desempenho positivo da BlackRock, outras gestoras enfrentaram dificuldades no mesmo período. De acordo com dados da CoinShares, a Grayscale, por exemplo, registrou uma saída de aproximadamente US$ 1,4 bilhão de seus ETFs de criptoativos.
A diferença no desempenho entre os concorrentes reforça a força da BlackRock no segmento. A confiança dos investidores se mantém elevada, mesmo diante das liquidações que afetaram outros produtos no mercado. O movimento pode sinalizar um realinhamento do capital institucional rumo a gestoras com maior credibilidade e infraestrutura robusta.