- Recuperação depende de reação rápida do Bitcoin nesta semana
- Cruz da Morte assusta, mas histórico mostra retomadas fortes
- Suportes e dados on-chain guiam próximos movimentos do BTC
O Bitcoin entrou na semana com um alerta forte após a formação da cruz da morte, quando a média móvel de 50 dias cruzou abaixo da média de 200 dias.
O movimento reaqueceu o debate no mercado, pois muitos investidores querem saber se isso marca um fundo ou abre espaço para uma queda maior.
O preço do BTC caiu para perto de US$ 93.646, rompendo US$ 94.000 pela primeira vez desde maio. Além disso, o clima piorou porque o Índice de Medo e Ganância caiu para 10, apontando medo extremo entre traders.

As saídas de capital dos ETFs à vista aceleraram o pessimismo e reforçaram a pressão vendedora. Mesmo assim, analistas lembram que a Cruz da Morte não prevê quedas inevitáveis, já que o padrão trouxe resultados variados em ciclos anteriores.
Ciclos anteriores mostram caminhos distintos
Dados históricos de 2014 a 2025 indicam movimentos curtos imprevisíveis após o cruzamento. As primeiras semanas mostram retornos quase equilibrados entre ganhos e perdas, com média entre 0,25% e 2,35%.
Quando ampliamos o prazo para dois ou três meses, os ganhos médios saltam para 15% a 26%. Isso sugere que uma possível recuperação pode surgir caso o padrão siga comportamentos anteriores.
Os resultados de longo prazo continuam muito variáveis, com alguns ciclos subindo mais de 85%. Outros períodos mostraram quedas fortes, principalmente quando fatores macroeconômicos pressionaram o mercado global.

Analistas como Benjamin Cowen e Rekt Fencer afirmam que muitas Cruzes da Morte surgiram perto de mínimas locais. Eles reforçam que os próximos sete dias serão decisivos, pois a falta de reação pode abrir espaço para uma queda antes de um salto maior.
Suportes críticos entram no radar
A zona entre US$ 60.000 e US$ 70.000 aparece como suporte principal caso a pressão de venda continue. Ao mesmo tempo, a retomada da média móvel de 200 dias pode indicar o início de um novo impulso de alta.
O analista Brett afirma que a média de 50 semanas segue como indicador mais confiável para tendências longas. Isso reforça a ideia de que a Cruz da Morte, isolada, não define o rumo do mercado.
A história mostra que cruzamentos durante mercados em alta costumam anteceder novas máximas. Já os cruzamentos em mercados em baixa tendem a durar pouco e perder relevância rapidamente.
Os próximos dias podem mostrar se o Bitcoin mantém seu ciclo de alta ou cria nova máxima macro mais baixa. Uma recuperação rápida reforça o cenário otimista, enquanto a ausência de reação pode pressionar ainda mais o preço.
Mesmo com incertezas, projeções medianas sugerem ganhos entre 15% e 27% nos próximos meses. Assim, o investidor atento deve acompanhar suportes, indicadores técnicos e dados on-chain com cuidado.
Embora a Cruz da Morte traga cautela, o histórico revela que o Bitcoin frequentemente se recupera após eventos semelhantes. A volatilidade deve continuar, mas os ganhos de médio e longo prazo permanecem ao alcance para quem observa o mercado de perto.



