- ETPs de Solana ganham espaço enquanto Bitcoin e Ethereum perdem fluxo
- Capital institucional migra com estreia do QSOL na Cboe BZX
- Entradas em Solana contrastam com saídas fortes de BTC e ETH
Os ETFs de Bitcoin e Ethereum perderam força no mercado americano no mesmo dia em que um novo produto atrelado à Solana passou a ser negociado na Cboe BZX. Porém, o movimento ocorreu em meio a um cenário de queda de preços, aumento da volatilidade e maior cautela dos investidores.
A estreia do ETP QSOL, lançado pela Invesco em parceria com a Galaxy, chamou atenção do mercado. Mesmo em um ambiente adverso, o produto reforçou uma mudança gradual no fluxo de capital institucional dentro do setor cripto.
De acordo com o rastreador de ETPs do site da Invesco, o QSOL estreou com 17.500 SOL sob custódia. Esse volume representou um valor de mercado de US$ 2,19 milhões na data de lançamento.
O produto chegou ao mercado com taxa de despesas totais de 0,25%, uma das mais baixas entre ETPs de criptomoedas nos EUA. Esse custo competitivo ampliou sua atratividade para investidores tradicionais.
O ETP acompanha o preço à vista da Solana por meio da taxa de referência Lukka Prime Solana. O modelo oferece exposição direta ao ativo sem exigir custódia própria.
Além disso, o QSOL incorpora recompensas de staking dentro da própria estrutura. Assim, o investidor acessa rendimento adicional sem interação on-chain.
Invesco amplia portfólio cripto com foco institucional
A Lukka, Inc. atua como provedora do índice de referência do QSOL. Já a Galaxy contribui com infraestrutura de ativos digitais e expertise em staking.
Segundo Kathleen Wrynn, diretora global de ativos digitais da Invesco, a parceria fortalece o portfólio da gestora. Ela afirmou que os ETPs são parte central da estratégia de expansão cripto da empresa.
Essa estratégia inclui expansão de produtos vinculados a criptomoedas, avanço da tokenização de ativos e novas parcerias na Web3. Além disso, o objetivo é ampliar o acesso institucional ao setor.
O QSOL se tornou o terceiro ETP de criptomoedas apoiado conjuntamente por Invesco e Galaxy. A linha já conta com produtos atrelados ao Bitcoin e ao Ethereum.
Esses produtos foram desenhados para oferecer exposição a ativos digitais. Eles eliminam a necessidade de custódia direta ou interação on-chain.
Saídas de BTC e ETH contrastam com entradas em Solana e XRP
Enquanto o QSOL estreava, os ETFs spot de Bitcoin registraram saídas líquidas de US$ 357,69 milhões. Os dados são da Farside Investors.
O fundo da Fidelity respondeu por cerca de US$ 230 milhões desse total. Outros emissores também registraram resgates relevantes.
Os ETFs spot de Ethereum seguiram o mesmo movimento e sofreram pressão vendedora constante. Ao todo, cerca de US$ 224,78 milhões deixaram a categoria.
A BlackRock liderou as saídas, reduzindo US$ 139,09 milhões em exposição ao ether. O movimento refletiu cautela institucional.
Em sentido oposto, os ETFs à vista de Solana registraram entradas líquidas de US$ 35,2 milhões. O dado reforçou o interesse crescente pelo ativo.
Os fundos spot de XRP completaram o 19º dia consecutivo de entradas. As entradas acumuladas chegaram a US$ 1 bilhão.
O movimento ocorreu em meio à queda dos preços das principais criptomoedas. O Bitcoin caiu para cerca de US$ 86.940 durante o pregão nos EUA.

A perda de suportes técnicos acelerou as vendas no mercado. Liquidações alavancadas eliminaram mais de US$ 200 milhões em posições compradas. O Ether recuou 6%, enquanto a Solana caiu quase 4%. O XRP também perdeu força, com queda de 2%.
Ainda mais, mesmo com o cenário negativo, a estreia do QSOL indicou mudança no comportamento do capital institucional. A Solana ganhou espaço entre as criptomoedas com potencial, enquanto Bitcoin e Ethereum perderam tração.


