A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, aparece no centro de discussões sobre a possível criação de uma Reserva Estratégica de Bitcoin pelos Estados Unidos. Com mais de US$ 10 trilhões em ativos sob gestão, a empresa apoiou a ideia enquanto rumores apontam para uma possível ordem executiva do governo de Donald Trump, com planos para institucionalizar o ativo digital.
Dennis Porter, CEO do Satoshi Act Fund, revelou que o governo e alguns estados americanos já avançam com legislações e estratégias sobre o Bitcoin. Esse movimento alimenta debates sobre o futuro da criptomoeda como parte da estratégia econômica dos EUA, dividindo opiniões entre especialistas e líderes políticos.
Apostas no Bitcoin ganham força nos EUA
O projeto “The Bitcoin Act”, apresentado pela senadora de Wyoming, Cynthia Lummis, busca oficializar uma reserva estratégica de Bitcoin nos primeiros 100 dias do novo governo Trump. O projeto já figura entre os documentos legislativos mais pesquisados no país, reforçando a relevância do tema.
Além disso, estados como Texas e Flórida lideram iniciativas locais para estabelecer reservas descentralizadas de Bitcoin antes de qualquer ordem executiva nacional. Defensores do movimento enxergam o ativo como um complemento ao ouro, citando sua natureza descentralizada, oferta limitada e capacidade de proteger a economia contra a desvalorização do dólar.
A BlackRock, embora ainda não tenha confirmado oficialmente seu envolvimento, já se posicionou em ocasiões anteriores sobre o potencial do Bitcoin. Larry Fink, CEO da gestora, destacou o papel da criptomoeda na diversificação de reservas e proteção contra a inflação, sugerindo que o ativo pode se tornar uma peça-chave em economias modernas.
Volatilidade e segurança dividem opiniões
Apesar do entusiasmo, críticas surgem com relação à volatilidade do Bitcoin. Especialistas alertam que oscilações extremas no preço podem causar instabilidade em uma eventual reserva nacional. A vulnerabilidade do ativo digital a ataques cibernéticos também preocupa, especialmente diante de violações em plataformas globais.
Críticos argumentam que uma reserva nacional de Bitcoin pode se tornar alvo de criminosos, ampliando riscos para a economia dos EUA. Além disso, o impacto ambiental da mineração de criptomoedas permanece como outro ponto de tensão entre defensores e opositores.
Os próximos passos do governo Trump em relação ao tema prometem moldar o futuro do Bitcoin nos Estados Unidos. Enquanto os debates esquentam, investidores e legisladores observam atentamente os desdobramentos dessa potencial revolução financeira.