- Reeve Collins, um dos fundadores originais da Tether, está lançando sua própria stablecoin, informou a Bloomberg
- A nova stablecoin, batizada de USP, será lastreada em títulos do governo e outros ativos do mundo real
- Além da Pi Protocol, projetos como Mountain Protocol (USDM) já permitem que investidores recebam até 5% ao ano
O ex-CEO da Tether, Reeve Collins, revelou planos para lançar uma stablecoin concorrente, que oferecerá rendimento aos detentores e será compatível com as redes Ethereum e Solana. O projeto, chamado Pi Protocol, busca explorar a crescente demanda por stablecoins que geram rendimento com ativos do mundo real.
Stablecoin USP traz modelo inovador baseado em ativos reais
A nova stablecoin, batizada de USP, será lastreada em títulos do governo e outros ativos do mundo real, permitindo que os usuários ganhem rendimentos enquanto mantêm exposição a um ativo estável.
Diferente das stablecoins tradicionais, como USDT e USDC, que apenas acompanham o valor do dólar, a USP permitirá a geração de renda passiva.
Segundo Collins, a stablecoin funcionará por meio de contratos inteligentes que permitirão aos usuários emitir USP em troca do token de rendimento USI. Embora o ativo esteja vinculado ao dólar, detalhes sobre os mecanismos exatos de conversão e rentabilidade ainda não foram divulgados.
O lançamento do Pi Protocol está previsto para ocorrer na segunda metade de 2025. Caso tenha sucesso, a stablecoin poderá competir diretamente com outras iniciativas do setor, como a sDAI da MakerDAO e a sUSDe da Ethena, que já dominam o mercado de stablecoins com rendimento.
Concorrência aumenta no mercado de stablecoins
O mercado de stablecoins movimenta atualmente mais de US$ 225 bilhões, segundo dados da DeFiLlama. A Tether continua dominante, com 63% de participação, mas enfrenta concorrência crescente de novos protocolos que oferecem rendimento aos usuários.
Além da Pi Protocol, projetos como Mountain Protocol (USDM) já permitem que investidores recebam até 5% ao ano sobre seus ativos digitais. A tendência de tokenização de ativos reais, como títulos do Tesouro dos EUA, tem impulsionado o crescimento desse segmento.
A Tether registrou mais de US$ 13 bilhões em lucro em 2024, impulsionada pelo rendimento de sua carteira de ativos, que inclui acordos de recompra e fundos do mercado monetário. No entanto, a introdução de stablecoins que pagam juros diretamente aos usuários pode representar um desafio para a dominância da USDT.
Com o avanço da regulamentação global, as stablecoins com rendimento devem se tornar cada vez mais populares, especialmente entre investidores institucionais. A chegada da USP ao mercado pode redefinir o setor e aumentar a concorrência entre as principais emissoras de ativos digitais.