- Bitcoin pode alcançar US$ 112 mil se vencer resistências em US$ 99 mil e US$ 102 mil.
- Pressão vendedora caiu após forte redução de depósitos em exchanges.
- Decisão do Fed e sinalização para 2026 podem definir o rumo do mercado.
O Bitcoin pode avançar até US$ 112 mil no curto prazo caso o Federal Reserve adote um tom mais dovish e o preço rompa duas resistências críticas, segundo a CryptoQuant.
Além disso, o movimento depende tanto da decisão de juros de hoje quanto do ritmo projetado de cortes para 2026.
Resistências decisivas e impacto direto do Fed
O rali recente do Bitcoin se apoia na queda da pressão vendedora; entretanto, a continuidade desse movimento exige rompimentos essenciais. Para Julio Moreno, chefe de pesquisa da CryptoQuant:
“o Bitcoin precisa superar os US$ 99 mil e os US$ 102 mil para mirar o alvo de US$ 112 mil”. Ele classificou esses níveis como “críticos”.

Além disso, a reação do mercado depende não só de um possível corte de juros, mas também da velocidade dos cortes que o Fed pretende aplicar em 2026. Por isso, traders observam com atenção o comunicado e as projeções de inflação. Se os sinais forem mais suaves, o Bitcoin pode ganhar força adicional.
A CryptoQuant explica que os US$ 99 mil representam a banda inferior do indicador Trader On-chain Realized Price, zona comum de resistência em períodos de correção. Já os US$ 102 mil correspondem à média móvel de um ano, que costuma segurar movimentos de alta.
Portanto, o rompimento desses níveis abre espaço para um avanço mais amplo.
Pressão vendedora diminui e sustenta o movimento
O cenário recente mostra queda significativa nos envios de BTC para exchanges. Os depósitos recuaram de 88 mil BTC, em 21 de novembro, para 21 mil BTC hoje, redução de 76%. Por isso, a oferta imediata diminuiu e a pressão vendedora perdeu força.

Além disso, grandes investidores reduziram presença nas entradas. A participação de whales caiu de 47% para 21% no período. Ao mesmo tempo, o tamanho médio de cada depósito encolheu de 1,1 BTC para 0,7 BTC, reforçando o alívio no fluxo vendedor.
Moreno destacou que “a pressão de venda diminui quando o mercado realiza grandes perdas”. Em 13 de novembro, whales novas e antigas registraram perdas de US$ 646 milhões, o maior volume desde julho. Desde então, acumulam perdas de US$ 3,2 bilhões.
Historicamente, esse comportamento indica exaustão dos vendedores e prepara terreno para recuperação.
Com esse alívio, o Bitcoin se recuperou de US$ 80 mil para cerca de US$ 92,5 mil, movimento impulsionado pela menor oferta nas exchanges.
Cenários para o Bitcoin
O mercado segue em compasso de espera. Se o banco central indicar cortes mais rápidos e o BTC romper US$ 99 mil e US$ 102 mil, o caminho até US$ 112 mil ganha mais força.
Entretanto, um tom mais duro pode limitar o rali e reacender a pressão vendedora.

