- Bitcoin pode romper ciclo histórico e iniciar tendência de longo prazo
- ETFs impulsionam demanda e reduzem impacto dos mineradores
- Institucionais fortalecem expectativa de novos recordes já em 2026
O mercado de criptomoedas observa atentamente cada movimento do Bitcoin, que agora desafia o tradicional ciclo de quatro anos. Desta vez, o comportamento do ativo sugere mudanças mais profundas na dinâmica histórica.
Muitos analistas identificam sinais claros de ruptura nesse padrão, impulsionados por ETFs mais robustos e tesourarias corporativas em expansão. Além disso, fatores macroeconômicos positivos reforçam a expectativa de novas máximas do BTC em 2026.
ETFs reforçam pressão compradora
O Bitcoin historicamente segue movimentos previsíveis. Seus preços costumam subir até o pico entre doze e dezoito meses após cada halving, antes de entrar em fases prolongadas de correção. O comportamento atual parece, a princípio, repetir esse roteiro. O ativo atingiu US$ 126.200 em outubro, dezoito meses após o halving, e depois recuou mais de 30%. Atualmente, o BTC está sendo negociado em cerca de US$ 86.710.

Contudo, os dados apontam uma mudança importante. Hoje, ETFs dominam a entrada de capital institucional e alteram de forma profunda a dinâmica de oferta. Além disso, empresas listadas acumulam grandes posições em Bitcoin, algo praticamente inexistente antes de 2020. Assim, muitos analistas passaram a questionar se o ciclo de quatro anos realmente permanece intacto.
A métrica SOPR, segundo João Wedson, reforça o alerta. Ele explica que o indicador mostra o comportamento entre venda com lucro e venda com prejuízo. Em dezembro, registrou queda contínua, sugerindo que o mercado realizava lucros menores ou prejuízos. Esse movimento reforçava a tese de fim do ciclo tradicional.

Mesmo assim, Wedson argumenta que o BTC ainda segue um padrão fractal semelhante aos anteriores. Ele afirma que “nada mudou até agora“, apesar da nova pressão institucional.
Projeções elevam expectativas para 2026
O debate ganhou fôlego após relatórios otimistas de grandes gestoras. A Grayscale projetou novos recordes no primeiro semestre de 2026, impulsionados por desvalorização cambial, dívida pública crescente e um cenário regulatório mais claro nos EUA.

A Fidelity adotou um tom ainda mais ousado. A empresa sugeriu que o Bitcoin pode entrar em um super ciclo, similar aos grandes movimentos das commodities nos anos 2000. Chris Kuiper explicou que uma nova geração de investidores institucionais pode sustentar um período mais longo de valorização.
Além disso, ETFs dos EUA, liderados por BlackRock e Fidelity, já somavam mais de 1,30 milhão de BTC, enquanto empresas de capital aberto detinham mais de 1,08 milhão de BTC em seus balanços. Essa presença crescente reduz a influência dos mineradores e amplia a base de compradores permanentes.

Assim, o Bitcoin pode realmente estar deixando para trás o antigo padrão de quatro anos. Caso essa nova força institucional continue crescendo, o mercado das criptomoedas promissoras pode caminhar para um ciclo completamente diferente e possivelmente muito mais longo.

