O senador republicano da Flórida, Joe Gruters, apresentou um projeto de lei que permitiria ao estado investir parte de seus fundos públicos em Bitcoin e outros ativos digitais.
A medida é uma tentativa de proteger o poder de compra dos recursos estatais contra a inflação e diversificar a carteira de investimentos estaduais. Assim seguindo uma tendência de outros estados norte-americanos que estão explorando o uso de criptomoedas como ativos estratégicos.
Bitcoin como proteção contra a inflação e diversificação financeira
De acordo com Gruters, o estado da Flórida deve ter acesso a ferramentas modernas, como o Bitcoin, para proteger suas reservas financeiras da desvalorização causada pela inflação.
Diante disso, o projeto de lei concede ao chefe financeiro do estado, Jimmy Patronis, a autoridade para alocar recursos em Bitcoin dentro de fundos como o Fundo de Receita Geral, o Fundo de Estabilização Orçamentária e outros fundos de agências estatais.
Gruters argumentou que o Bitcoin é, sobretudo, aceito como uma proteção contra a inflação. Dando exemplo de grandes instituições financeiras, como BlackRock, Fidelity e Franklin Templeton.
Essas empresas consideram o ativo digital uma alternativa viável para mitigar os riscos associados a outros ativos tradicionais. O senador destacou que a valorização do Bitcoin ao longo dos últimos anos demonstra seu potencial como um investimento de longo prazo.
Em uma carta enviada em outubro de 2024, Patronis já havia recomendado que o estado começasse a explorar a inclusão de Bitcoin no portfólio de investimentos públicos. Patronis descreveu o ativo como “ouro digital” devido à sua escassez e potencial de valorização.
Limites de investimento e expansão nacional
O projeto de lei estabelece um limite máximo de 10% de alocação em Bitcoin dentro de qualquer fundo estatal. Uma medida semelhante à adotada por outros estados que estão considerando ou implementando políticas de reserva em criptomoedas.
Um exemplo é o projeto de lei proposto recentemente e comparável do Wyoming, que limita as alocações a não mais que 3%. Outro exemplo foi o Kentucky, com uma proposta que sugere até 10% das reservas excedentes do estado possam ser alocadas em ativos digitais.
A iniciativa da Flórida está, portanto, de acordo com a recente mudança na postura do governo federal dos Estados Unidos em relação às criptomoedas. Sob a administração de Donald Trump, o governo tem incentivado políticas de apoio ao setor, incluindo a criação de uma possível reserva nacional de Bitcoin.