- Goldman projeta otimismo no mercado mesmo com incertezas globais
- Perspectiva positiva sustenta alta do S&P 500
- Eleições e geopolítica não freiam visão otimista do banco
O Goldman Sachs elevou sua projeção para o S&P 500 nesta terça-feira (8). A corretora agora prevê que o índice chegue a 6.600 pontos até o fim de 2025.
A nova meta representa uma alta de cerca de 6% em relação ao último fechamento, que marcou 6.229,28 pontos. Em maio, o banco já havia ajustado sua previsão de 5.200 para 6.100. Agora, com o cenário mais claro e a recuperação ganhando força, a instituição aposta mais alto.
Otimismo cresce com corte de tarifas e lucros robustos
O banco de investimentos justificou a revisão por três fatores, menor incerteza política, expectativa de cortes nas taxas pelo Fed e a resiliência dos lucros corporativos, o posicionamento mais neutro dos investidores também pode impulsionar os preços.
“Uma perspectiva resiliente para os lucros em 2026, combinada com cortes no Fed e uma recuperação mais ampla do mercado, sustentam nossa projeção”. O Goldman ainda revisou as metas de médio prazo para 6.400 (três meses) e 6.900 (12 meses).
Mesmo após uma abertura mista nas bolsas na terça-feira com o S&P 500 caindo 0,02%, para US$ 6.227,04 e o Nasdaq subindo 0,1% – o otimismo segue firme. Porém, segundo analistas, a diminuição do temor de recessão e a reversão parcial das tarifas anunciadas por Trump em abril reforçaram a confiança dos investidores.
Concorrência também eleva projeções
A previsão do Goldman Sachs não surge isolada. No último mês, Barclays, Citigroup e Deutsche Bank também ajustaram suas estimativas para cima. Porém, a percepção geral é de que o S&P 500 ainda tem espaço para subir, impulsionado por dados de inflação controlada e menos repasse tarifário do que o esperado.
Ainda mais, esperamos que a digestão tarifária ocorra de forma gradual.Segundo o banco, empresas de grande capitalização ainda contam com estoques suficientes para segurar os preços mesmo diante de novos aumentos de tarifas.