- Investidores retiram milhões dos ETFs de Bitcoin em fuga.
- Caos nos mercados derruba confiança em ativos digitais.
- ETF de Sui avança mesmo com crise no setor.
O mercado de ETFs de Bitcoin enfrenta uma fuga histórica de investidores. A maior saída do ano ocorreu no iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT), da BlackRock.
Em apenas um dia, o fundo perdeu mais de US$ 252 milhões. O movimento reflete o impacto direto da instabilidade nos mercados globais.
Saídas recordes desafiam a confiança no Bitcoin
Nos Estados Unidos, os ETFs de Bitcoin à vista registraram seu quarto dia seguido de retiradas em 8 de abril. O volume total de saídas somou US$ 326 milhões, segundo a Farside Investors. O IBIT, da BlackRock, respondeu por quase 80% desse total, com perdas que não se viam desde fevereiro.
A debandada ocorre em resposta ao anúncio do presidente Donald Trump sobre novas tarifas comerciais, que derrubou o S&P 500 em US$ 5 trilhões em apenas dois dias. Embora o Bitcoin tenha resistido inicialmente, a criptomoeda caiu de US$ 82 mil para abaixo dos US$ 75 mil ao longo do fim de semana.
Lennix Lai, diretor da OKX, apontou que o atraso na queda do Bitcoin em relação às ações indica uma dinâmica mais complexa entre ativos tradicionais e criptomoedas. O Nasdaq perdeu 11% em dois dias, enquanto o Bitcoin recuou 6%. Isso sugere uma possível dissociação entre os mercados.
Apesar da retração, a liquidez 24 horas do Bitcoin o mantém como opção de fuga para investidores durante crises de fim de semana. Ainda assim, Lai ressalta que o ativo continua sensível às condições globais de liquidez, mesmo quando sua correlação com ações parece menor.
Novo ETF de Sui avança, apesar da turbulência
Enquanto os investidores fogem dos ETFs de Bitcoin, o setor segue com novidades. A Cboe BZX Exchange protocolou uma proposta para listar o primeiro ETF de Sui (SUI) nos Estados Unidos. Caso aprovado, o produto pode inaugurar uma nova fase de exposição institucional a criptomoedas emergentes.
Ainda mais, a BlackRock também se movimenta, a gestora firmou uma parceria com a Anchorage Digital para reforçar sua infraestrutura de custódia em criptoativos. Mesmo em meio à tempestade, o setor não desacelera.
Arthur Hayes, da Maelstrom, acredita que o Bitcoin, apesar da volatilidade, consolida sua imagem como reserva de valor. Para ele, a moeda digital reflete as expectativas do mercado sobre a impressão de dinheiro e serve como proteção diante das incertezas globais.
A crise atual pode assustar no curto prazo, mas fortalece o papel estratégico do Bitcoin no portfólio de longo prazo. O futuro dos ETFs depende da resposta dos investidores à nova realidade econômica.