- Mineradores movimentam reservas e elevam pressão de venda no BTC.
- ETFs atraem bilhões e sustentam otimismo institucional no mercado.
- Glassnode aponta liquidez concentrada entre US$ 109 mil e 116 mil.
O Bitcoin pode estar enfrentando uma nova onda de pressão de venda, já que mineradores continuam a movimentar moedas de reserva em níveis historicamente elevados.
Dados on-chain mostram que a média de sete dias das saídas de mineradores atingiu patamares críticos, enquanto as entradas se aproximam das mínimas históricas.
Essas movimentações indicam que mineradores estão se desfazendo ou reposicionando ativos, o que pode influenciar o preço. Historicamente, quando isso ocorre, há maior risco de liquidação no mercado.
Comparação com ciclos anteriores
Nos ciclos anteriores, grandes transferências de mineradores prenunciaram quedas profundas do Bitcoin. Porém, neste momento, o cenário parece menos estressante. Os mineradores demonstram mais resiliência, sustentados pela alta valorização do BTC e pelo avanço da adoção institucional.
Na semana passada, uma onda de posições vendidas foi liquidada em torno de US$ 115.000, impulsionando a recuperação momentânea do preço. Os mapas de calor de liquidação confirmam que liquidações de shorts alimentaram o pico de alta da noite passada.
Atualmente, a liquidez está concentrada em US$ 116 mil para posições vendidas e em US$ 109,3 mil para posições compradas.
Esse cenário pode gerar movimentos bruscos em qualquer direção, dependendo de qual lado do mercado for pressionado.
Situação do preço e impacto dos ETFs
No momento da publicação, o Bitcoin é negociado a US$ 115.359,00, com alta de 0,77% nas últimas 24 horas Em 30 dias, porém, a criptomoeda registra queda de quase 4%.
O valor de mercado global de criptomoedas subiu 1,2% no mesmo período, com a dominância do BTC firme acima de 57%. Enquanto isso, os ETFs de Bitcoin à vista absorveram US$ 553 milhões em entradas, reforçando a demanda institucional.
Além disso, a parceria entre a DDC e a Animoca Brands em um plano de tesouraria de US$ 100 milhões em BTC ampliou a confiança de longo prazo. Analistas de peso como Mike Novogratz e Tom Lee destacam os ETFs e os cortes de juros do Fed como catalisadores.
Lee projeta que o Bitcoin pode alcançar US$ 200 mil até o fim de 2025, caso o fluxo institucional continue intenso. Esse otimismo contrasta com a pressão de curto prazo causada pelas movimentações dos mineradores.
Por enquanto, o mercado acompanha se as saídas de reservas mineradas resultarão em vendas sustentadas ou se a acumulação institucional seguirá limitando a oferta. A resposta determinará se o Bitcoin caminha para uma correção mais forte ou para um novo rompimento em direção a máximas históricas, reforçando o debate sobre criptomoedas com potencial.