- MSTR sobe 5% e supera valorização do Bitcoin
- Strategy lança STRD para financiar compras de BTC
- Investidores apostam na alavancagem da empresa
Em uma recuperação impulsionada por dados fortes dos EUA, as ações da Strategy (MSTR) fecharam com alta de 5%, superando o desempenho do próprio Bitcoin.
Enquanto o BTC avançou apenas 1% no mesmo período, negociado a cerca de US$ 105 mil, a MSTR brilhou e terminou o pregão a US$ 387.
Apesar da recuperação generalizada, a MSTR liderou com ganhos superiores aos do Bitcoin. O papel se destacou em meio ao avanço dos índices, como o Nasdaq e o S&P 500.
A alta surpreendente nas vagas de emprego nos EUA elevou o otimismo dos investidores. Segundo a QCP Capital, isso reforçou o apetite por risco antes do relatório de folha de pagamento.
Nova emissão e apetite por Bitcoin impulsionam ações
A valorização expressiva aconteceu logo após a Strategy anunciar a emissão de uma nova ação preferencial, chamada STRD. O objetivo da empresa é levantar capital para adquirir ainda mais Bitcoin, mantendo sua estratégia agressiva de acúmulo.
De acordo com analistas da Metaplanet, a STRD garante acesso a financiamento sem diluir os acionistas atuais. Dylan LeClair explicou que os dividendos da STRD serão “não cumulativos e inferiores aos da STRF”, oferecendo mais controle financeiro à companhia.
Essa estrutura fortaleceu a percepção de que a Strategy construiu um “fundo de reserva” para ampliar sua exposição ao BTC. Jeff Walton, outro especialista no setor, afirmou que essa abordagem representa uma “história em construção” e mostra como a empresa acelera sua tese de investimento em criptomoedas.
Efeito alavancagem amplia vantagem da MSTR
No segundo trimestre, as ações da Strategy já acumulam alta de 28%, contra 22% do Bitcoin. A diferença decorre do efeito alavancado: a empresa utiliza dívidas e emissão de ações para expandir seu portfólio em BTC, o que amplifica os ganhos quando a criptomoeda sobe.
Atualmente, a Strategy detém 580.955 BTC, avaliados em US$ 60 bilhões, com custo médio de US$ 40 bilhões. Isso representa ganhos não realizados de US$ 20 bilhões, o que reforça a tese de valorização da ação.
Contudo, essa alavancagem também aumenta os riscos. Após o Bitcoin recuar ligeiramente abaixo dos US$ 105 mil na quarta-feira, as ações da MSTR caíram 3%, fechando em US$ 376. A queda ilustra como a ação reage de forma mais intensa aos movimentos do BTC.
Especialistas da QCP Capital alertam para o cenário macroeconômico. Tarifas entre EUA e China, negociações do teto da dívida americana e decisões do Fed podem gerar volatilidade. Sem novos catalisadores, a MSTR pode enfrentar instabilidade nas próximas semanas.
Para continuar subindo, o papel dependerá de dois pilares: o desempenho do Bitcoin e a execução da estratégia de capital. Se o BTC romper a resistência de US$ 108 mil, e a nova emissão STRD for bem recebida, a MSTR pode manter a liderança no mercado de ações cripto.