- Ouro dispara 33% em 2025 e supera Bitcoin.
- BTC-XAU ratio cai para 31,2 onças por Bitcoin.
- Metal precioso reafirma papel como porto seguro global.
Ouro sobe 33% em 2025, quase o dobro do Bitcoin, e reforça posição de ativo seguro diante de incertezas econômicas globais.
O ouro assumiu o protagonismo nos mercados em 2025 ao registrar uma valorização superior a 33%, superando não apenas o índice Nasdaq 100, mas também o Bitcoin (BTC). O desempenho coloca o metal precioso no centro das atenções e reforça seu papel histórico como reserva de valor em momentos de incerteza econômica.
Enquanto a criptomoeda acumula ganhos próximos de 17% neste ano, o ouro praticamente dobrou a performance da maior criptomoeda do mundo. O reflexo desse movimento aparece claramente no chamado BTC-XAU ratio, métrica que mede quantas onças de ouro são necessárias para comprar um único BTC. Hoje, bastam 31,2 onças de ouro, contra 40 onças em dezembro passado.
A valorização encontra apoio em fatores macroeconômicos relevantes. Quedas nos rendimentos dos títulos públicos em economias ocidentais, combinadas com níveis elevados de endividamento, preocupações inflacionárias persistentes e sinais de desaceleração do crescimento, criam o cenário perfeito para a procura pelo metal.
Como resultado, investidores recorrem ao ouro para proteger seu capital, reforçando sua imagem como porto seguro em tempos turbulentos.
Ouro supera o Bitcoin

Em contraste, o Bitcoin ainda luta para consolidar-se como alternativa estável diante de choques macroeconômicos. Embora mantenha status de ativo especulativo de destaque, a criptomoeda perde espaço no comparativo direto com o ouro em 2025. Isso explica por que analistas voltam a tratar o metal como a referência central contra a qual outros investimentos devem ser medidos.
Do ponto de vista técnico, o BTC-XAU ratio apresenta movimento interessante. O indicador vem se consolidando dentro de um grande triângulo ascendente, padrão gráfico de continuação altista que se forma desde 2017. No final de 2024, o nível do índice repetiu topos vistos no fim de 2021, mas desde então corrigiu cerca de 25%, reforçando a tendência de fortalecimento do ouro.
Ciclos anteriores desse mesmo ratio mostraram quedas muito mais intensas: 84% em 2019, 75% em 2020 e 78% em 2022. A retração atual, mais moderada, sugere força estrutural maior e mantém intacta a visão de alta no longo prazo.