- Porque o preço do Bitcoin caiu: BTC cai para US$ 115 mil após liquidações e pressão de baleias.
- Ethereum atrai capital recorde e esfria momentum do BTC.
- Suporte crítico em US$ 113 mil pode definir próximos movimentos.
O Bitcoin caiu para a faixa de US$ 115 mil nesta segunda-feira, depois de enfrentar uma combinação de fatores técnicos e institucionais que pesaram sobre o mercado. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda acumulou perdas de mais de 3%, acompanhando o movimento negativo do setor de criptoativos em geral.
Segundo dados de mercado, mais de US$ 870 milhões em posições alavancadas foram liquidadas em apenas um dia. O Bitcoin respondeu por US$ 114,8 milhões dessas perdas. O rompimento abaixo de US$ 121,5 mil, nível de retração de Fibonacci de 23,6%, desencadeou uma sequência de stop-loss. Isso acelerou o movimento de baixa.
A alta alavancagem, que cresceu 14,25% no último mês, ampliou a queda à medida que investidores foram forçados a vender em chamadas de margem. No campo técnico, os sinais também confirmaram a fraqueza: o MACD apresentou histograma negativo de -85,32 e o RSI caiu para 47, reforçando a perda de força compradora.
Outro fator decisivo foi a movimentação de 80 mil BTC, equivalentes a US$ 9,6 bilhões. Uma baleia transferiu os ativos para carteiras de custódia da Galaxy Digital. Embora não tenha vendido de imediato, operações desse tipo historicamente precedem liquidações em mercados de balcão, o que aumenta o risco de pressão adicional sobre o preço.
A transferência representa 0,4% do estoque circulante de Bitcoin, volume capaz de afetar a liquidez caso entre em circulação. Indicadores on-chain também refletiram a preocupação: a Taxa de Baleias da Bolsa subiu para 0,47, segundo dados da CryptoQuant, sugerindo maior risco de oferta no lado vendedor.
Por que o preço do Bitcoin caiu?
Enquanto isso, o Ethereum roubou parte dos holofotes institucionais. Na última semana, os ETFs de ETH registraram entradas recordes de US$ 2,87 bilhões. Em comparação, houve apenas US$ 552 milhões em produtos de Bitcoin, segundo a CoinShares.
O iShares ETH Trust, da BlackRock, capturou sozinho, 77% desse fluxo, mostrando que investidores buscaram no Ethereum um ativo de “beta mais alto”, com maior potencial de retorno no curto prazo. Apesar disso, o Bitcoin mantém 59% de domínio de mercado, o que indica que a rotação de capital tem caráter mais tático do que estrutural.
Além dos fatores técnicos e institucionais, o ambiente macroeconômico adicionou cautela. A expectativa em torno das negociações de paz envolvendo Donald Trump e a Ucrânia esfriou o apetite global por risco. Isso limitou o fluxo para ativos voláteis como o BTC. Esse cenário reforçou a pressão de baixa, mesmo com o Índice de Medo e Ganância ainda mostrando leitura neutra em 56 pontos.
Próximos alvos preço do Bitcoin
Caso o nível seja perdido, a criptomoeda pode buscar US$ 111 mil como próximo alvo. Em análises de curto prazo, o RSI em 26 nos gráficos horários reforça a condição de sobrevenda. No entanto, não há sinal claro de reversão imediata. Já em análises de curto prazo, o RSI em 26 nos gráficos horários reforça a condição de sobrevenda, mas sem sinal claro de reversão imediata.
Mesmo com o cenário de pressão, há pontos de resiliência. Os ETFs de Bitcoin registraram entradas líquidas de US$ 231 milhões recentemente. Isso mostra que investidores institucionais ainda veem oportunidade no ativo. Além disso, o Bitcoin acumula uma valorização de 92% no ano, evidência de que, apesar da volatilidade, segue atraindo capital de longo prazo.
Assim, a queda para US$ 115 mil resulta de uma tempestade perfeita: liquidações alavancadas, movimentação de baleias, rotação temporária para o Ethereum e um pano de fundo macroeconômico de cautela. No entanto, a manutenção do suporte entre US$ 113 mil e US$ 115 mil pode definir se o mercado verá uma recuperação em breve ou se novos testes em níveis mais baixos ocorrerão nos próximos dias.