O analista Matthew Hayward apontou que o Bitcoin (BTC) vive momentos decisivos após uma recuperação significativa no preço, subindo de US$ 89,3 mil para US$ 96,6 mil em apenas 24 horas. “A recuperação rápida demonstra a resiliência do mercado e o apetite por risco em meio a expectativas de melhora na política comercial dos Estados Unidos”, destacou Hayward.
Na última segunda-feira, o Bitcoin registrou uma queda de 5,3%, atingindo seu nível mais baixo desde novembro, a US$ 89,3 mil. No entanto, segundo Hayward, os investidores aproveitaram o momento de baixa para comprar. “Os compradores mostraram força, ajudando o Bitcoin a saltar 7 mil dólares rapidamente, em resposta a um clima mais otimista nos mercados financeiros.”
A melhora no sentimento de risco ocorre após sinais de que o governo dos EUA pode adotar uma abordagem gradual para implementar tarifas comerciais. Segundo o analista, essa postura mais cautelosa da equipe de Donald Trump ajuda a acalmar os temores de inflação excessiva.
“Um ritmo mais lento nas tarifas não apenas oferece ao governo americano maior flexibilidade nas negociações, como também reduz a pressão sobre a inflação que vem preocupando os mercados.”
Bitcoin vive momento decisivo
Mesmo com a recuperação, Hayward alerta para os próximos desafios do mercado. Os dados de inflação nos EUA, previstos para esta semana, podem testar a resistência do Bitcoin. “Se a inflação vier acima do esperado, isso pode reduzir ainda mais as expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o que, historicamente, pressiona ativos de risco como o Bitcoin”, explicou.
Para hoje, espera-se que o índice de preços ao produtor (PPI) atinja 3,7% em relação ao ano anterior, enquanto o índice de preços ao consumidor (CPI) deve subir para 2,9% amanhã. Esses números, segundo Hayward, serão cruciais para determinar o futuro da política monetária dos EUA e, consequentemente, o comportamento do mercado de criptomoedas.
O analista também mencionou eventos importantes que podem influenciar o mercado nas próximas semanas, como a posse de Donald Trump no dia 20 de janeiro e a reunião do Federal Reserve no fim do mês. “Esses fatores podem quebrar o padrão de hesitação que tem mantido o Bitcoin entre 90 mil e 103 mil dólares recentemente”, afirmou.
Para Hayward, a zona de resistência dos US$ 103 mil continua sendo o maior obstáculo para que o Bitcoin volte a testar os máximos históricos de US$ 108 mil. “Se o Bitcoin cair abaixo de US$ 89 mil, há espaço para uma correção mais profunda rumo aos US$ 85 mil ou até US$ 80 mil”, alertou.
Apesar das incertezas, Hayward mantém um tom otimista: “Com a liquidez e os estímulos certos, o Bitcoin tem potencial de superar novos patamares e consolidar seu papel como ativo de referência no mercado financeiro global.”