- Preço do Bitcoin pode romper US$ 90 mil com cenário macro favorável
- Suporte em US$ 85 mil é decisivo para próxima tendência
- Analistas veem BTC subvalorizado frente ao ouro e imóveis
O preço do Bitcoin opera em uma faixa de consolidação entre US$ 85 mil e US$ 88 mil, mas pode estar prestes a romper esse intervalo, segundo o analista técnico Manish Chhetri. Em análise feita nesta sexta-feira (28), ele destacou os principais níveis que o mercado deve observar nos próximos dias, especialmente diante das incertezas econômicas provocadas pela nova política tarifária dos Estados Unidos.
“Estamos vendo o Bitcoin respeitar a média móvel exponencial de 200 dias, o que é positivo. No entanto, o ativo se aproxima da parte inferior da faixa de consolidação e precisa mostrar força para evitar quedas mais acentuadas,” afirmou Chhetri.
Durante a semana, o BTC oscilou entre US$ 85 mil e US$ 88 mil, refletindo um cenário de cautela por parte dos investidores. Segundo o analista, esse comportamento está ligado à expectativa em torno das tarifas anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump, que podem afetar o sentimento dos mercados globais, incluindo o de criptoativos.
“Se o suporte em US$ 85.500 não se mantiver, o preço pode recuar até US$ 78.258,” alerta Chhetri. Por outro lado, um rompimento da linha de tendência de baixa, que coincide com a parte superior da consolidação, pode abrir caminho para um rali até US$ 90 mil. Nesse cenário mais otimista, o Bitcoin ainda poderia buscar o topo registrado em 2 de março, na casa dos US$ 95 mil.
Preço do Bitcoin

O indicador RSI (Índice de Força Relativa) também reforça a neutralidade do momento, permanecendo próximo ao nível 50. Isso sugere falta de impulso tanto para altas quanto para quedas no curto prazo.
Mesmo assim, o analista vê espaço para uma recuperação caso os dados macroeconômicos venham em linha com as expectativas. “Se o mercado interpretar os anúncios de tarifas como menos agressivos do que o esperado, podemos ver o Bitcoin se valorizar rapidamente. O nível de US$ 90 mil será o grande teste,” explicou.
Além do contexto técnico, outros fatores fortalecem o cenário para o Bitcoin. A empresa GameStop anunciou nesta semana que adicionou a criptomoeda ao seu caixa, seguindo o exemplo da MicroStrategy, que continua acumulando BTC. A movimentação reforça o crescente interesse corporativo na principal moeda digital.
Enquanto isso, o modelo Stock-to-Flow (S2F) criado por PlanB aponta que o Bitcoin está subvalorizado em relação ao ouro e ao mercado imobiliário. De acordo com o analista, o BTC tem um estoque equivalente a 120 anos de produção, o dobro do ouro, e uma capitalização de mercado ainda dez vezes menor.
“Isso indica um grande espaço para valorização. O ciclo atual ainda não chegou ao fim,” concluiu PlanB em publicação recente.
Com a aproximação de decisões políticas importantes e o fortalecimento do suporte técnico, o mercado segue atento aos próximos passos do Bitcoin, que pode surpreender para cima caso os fatores externos se alinhem.