- JPMorgan vê Bitcoin subvalorizado e projeta alta de 40%
- Investidores buscam BTC como proteção contra moedas frágeis
- Relatório reforça papel do Bitcoin como ouro digital
O Bitcoin pode estar longe de seu preço justo, segundo um relatório do JPMorgan. O banco afirma que a criptomoeda tem espaço para subir até 40% antes de alcançar o valor que considera justo em relação ao ouro. A instituição projeta que o nível adequado fica próximo de US$ 165.000, o que representa quase US$ 50.000 acima da cotação atual.
O estudo usa como base uma comparação ajustada ao risco entre ouro e Bitcoin. A análise mostra que, diante do cenário macroeconômico, os investidores buscam ativos escassos para proteger as carteiras, especialmente considerando que o Bitcoin está sendo negociado em torno de US$ 120.000 no momento. O banco descreve essa tendência como “negociação de desvalorização“, quando os investidores se defendem do enfraquecimento das moedas fiduciárias com ativos como ouro e BTC.

Pressão macroeconômica impulsiona procura por ativos escassos
Durante 2025, esse movimento ganhou força. A inflação persistente, o aumento dos déficits nos Estados Unidos e as dúvidas sobre a credibilidade do banco central reforçaram o interesse em alternativas. O JPMorgan destaca que os pequenos investidores estão na linha de frente dessa demanda crescente.
Os números confirmam esse comportamento. ETFs de Bitcoin e ouro à vista registraram fortes entradas no último trimestre, especialmente antes das eleições americanas. Já as instituições preferiram atuar com contratos futuros da CME, o que mostra uma divisão de estratégias entre diferentes perfis de investidores.
No início de 2025, os ETFs de Bitcoin atraíram maior volume, mas a partir de agosto os fundos de ouro reduziram a distância. Ainda assim, o JPMorgan afirma que os dois ativos seguem em acumulação líquida, ou seja, com saldo positivo de compras.
Bitcoin ganha terreno em relação ao ouro
Embora o ouro tenha se valorizado fortemente, o banco observa que a volatilidade do Bitcoin caiu, o que diminuiu a relação BTC/ouro para menos de 2,0. Essa mudança é um dos fatores que sustentam a avaliação de que o Bitcoin está subvalorizado em comparação com o ouro físico.
Para os analistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou, se essa diferença continuar diminuindo, o Bitcoin poderá consolidar sua posição como ouro digital. Além disso, o ativo deixaria de ser visto apenas como um investimento especulativo e passaria a ser considerado uma forma de proteção de longo prazo dentro de portfólios diversificados.
Assim, o JPMorgan reforça que o BTC pode ter uma valorização expressiva pela frente, apoiada em fundamentos econômicos e na busca global por segurança diante de incertezas monetárias.