- Solana reage, mas confiança dos investidores continua muito baixa
- Derivativos fracos dificultam rompimento acima de US$ 160
- Atividade on-chain cresce, porém falta força para alta sustentada
A Solana voltou ao radar do mercado após uma recuperação moderada que levou o SOL para perto de US$ 140. Mesmo assim, o sentimento segue frágil entre os investidores. A movimentação recente indica cautela e revela que o apetite por risco ainda não voltou com força.

O avanço animou parte dos traders, mas os dados mostram que a confiança continua baixa neste momento. O setor tenta reagir enquanto enfrenta a instabilidade macroeconômica global. Assim, a Solana ainda precisa de sinais mais sólidos para sustentar uma recuperação consistente.
Indicadores ainda mostram fraqueza no mercado de derivativos
O SOL subiu com o rali das criptomoedas, mas não conseguiu sustentar os US$ 140, e isso reforça a cautela entre investidores que observam cada movimento. A taxa de financiamento negativa nos futuros perpétuos expõe um mercado mais inclinado a quedas, já que muitos traders pagam para manter posições vendidas. Esse padrão indica uma busca constante por alavancagem de baixa.
O ativo acumula queda de 30% em 30 dias, enquanto outras altcoins mostram desempenho melhor desde o início do mês. Por isso, muitos participantes agora analisam se a Solana terá força suficiente para testar novamente a região de US$ 160, que funciona como grande barreira psicológica.

Além disso, a queda da atividade on-chain complica o cenário. Mesmo com uma base sólida de usuários, as taxas de rede recuaram e o TVL caiu para US$ 10,5 bilhões, uma baixa de 20% no período. A receita semanal também atingiu o menor nível desde maio, reforçando a dificuldade em gerar tração suficiente para uma retomada consistente.
Apesar desse contexto, a Solana segue com forte vantagem em endereços ativos e número de transações. Os dados da Nansen indicam aumento de 13% na atividade, enquanto a Ethereum recuou 15% no mesmo período. Esses números ajudam a sustentar algum otimismo, embora ainda não formem um gatilho suficiente para um rompimento decisivo.

Ambiente macro desfavorável aumenta incertezas
O ambiente global também pesa. A perda de confiança na economia dos Estados Unidos aumenta a aversão ao risco. Sinais de fragilidade no mercado de trabalho e a crescente dependência de investimentos em inteligência artificial pressionam as expectativas sobre empresas e governos. O CEO da DWS afirmou à Reuters que ainda faltam “evidências sólidas” para justificar avaliações tão elevadas no setor de IA, o que reforça o clima de dúvida.
Além disso, a paralisação recorde de 43 dias no financiamento do governo americano afetou diversas empresas de varejo. O cancelamento da divulgação do IPC e dos dados de desemprego de outubro ampliou a incerteza sobre a próxima decisão do Federal Reserve, marcada para 10 de dezembro.
A SOL subiu 14% desde a mínima de US$ 121,50, mas essa recuperação ainda parece frágil. O mercado de derivativos precisa melhorar antes que uma alta sustentada ocorra. Apesar disso, um short squeeze rumo aos US$ 160 permanece possível caso a confiança dos investidores ganhe força e a demanda volte a crescer, especialmente entre as criptomoedas com potencial.

