- Previsão sugere correção antes de nova oportunidade
- Fundstrat indica queda e espaço para acumulação
- Mercado monitora suporte crucial do Bitcoin
O debate sobre o futuro do Bitcoin ganhou força na reta final de 2025. Tom Lee, cofundador da Fundstrat, mantém um tom otimista, apesar dos alertas internos.
Por outro lado, projeções mais cautelosas indicam risco de correção em 2026. Analistas veem espaço para ajuste, mesmo após meses de forte entrada institucional.
Fundstrat alerta para correção relevante
Com a aproximação do novo ano, a Fundstrat projeta uma queda de até 35% no Bitcoin, levando o preço para a faixa entre US$ 60.000 e US$ 65.000. A previsão também inclui o Ethereum entre US$ 1.800 e US$ 2.000 e o Solana entre US$ 50 e US$ 75. Esses números contrastam com o sentimento otimista de parte do mercado, que ainda espera novas máximas históricas.
Sean Farrell, chefe de estratégia de ativos digitais da Fundstrat, afirma que esse cenário não deve ser visto apenas como ameaça. Ele considera essa possível correção uma oportunidade para acumulação no final de 2026. Além disso, ele recomenda uma postura defensiva até que o mercado confirme força real em caso de erro da estimativa.
Apesar do alerta, o histórico do Bitcoin mostra que quedas profundas muitas vezes antecedem fortes recuperações, algo que anima investidores contrários à tendência dominante.
Ciclos passados sustentam apostas de longo prazo
Nos ciclos anteriores, quedas intensas abriram espaço para saltos expressivos. A correção de 2020-2021 terminou com o Bitcoin rompendo os US$ 20.000, apoiado pela liquidez global e pelo avanço do DeFi. Em 2024, o ativo avançou além dos US$ 60.000 após a aprovação dos ETFs nos EUA.
O momento atual, porém, carrega elementos novos, como fluxos de ETFs mais instáveis e uma adoção mais madura. Ainda assim, métricas de risco ajustado permanecem favoráveis. O Bitcoin mantém Índice de Sharpe de 2,42, Sortino de 3,2 e Ômega de 1,29, superando grandes empresas de tecnologia e rivalizando com o ouro.
Paralelamente, o relatório Global Investment Outlook 2026, da Morningstar, orienta que investidores reforcem a diversificação para evitar dependência excessiva de criptomoedas ou tecnologias emergentes.
Enquanto isso, previsões externas mostram outro lado do debate. A Presto Research projeta o Bitcoin em US$ 160.000 até 2026, impulsionado pela institucionalização e pelo avanço da tokenização, que pode chegar a US$ 490 bilhões no período. Além disso, o ETF IBIT da BlackRock, mesmo com retorno negativo, fechou 2025 com US$ 25 bilhões em entradas, ocupando o sexto lugar global.

