- Qual criptomoeda comprar: trader vê ETH como “trilhos” do futuro financeiro
- Staking em ETFs pode disparar demanda pelo Ethereum
- Potencial de longo prazo chega a US$ 1,5 milhão por ETH
O gestor e fundador do EMJ Capital, Eric Jackson, conhecido por identificar ativos que multiplicaram mais de 100 vezes, revelou sua nova convicção: o Ethereum (ETH). Depois de acertos históricos com ações como Alibaba, Roku e Coinbase, Jackson está direcionando seu foco para a segunda maior criptomoeda do mercado. Ele projeta um potencial de valorização que pode chegar a US$ 1,5 milhão por unidade no longo prazo.
De acordo com ele, o movimento começou com sinais claros de exaustão vendedora no ETH após uma queda de 57% entre janeiro e abril. Essa pressão negativa foi alimentada por operações de hedge que combinavam posições compradas em Bitcoin e vendidas em Ethereum. “Esse tipo de operação não dura para sempre. Chega um ponto em que há uma inversão, e é aí que surgem as grandes oportunidades”, afirmou.
Jackson destaca que um dos elementos centrais para sua aposta está na possível liberação de staking para ETFs de Ethereum nos Estados Unidos. Ele acredita que a SEC deve aprovar isso até 1º de outubro. Se confirmado, o produto permitirá que investidores institucionais obtenham rendimento sobre o ETH comprado. Isso ampliaria a demanda global pela criptomoeda.
Além disso, ele lembra que a BlackRock, gigante do mercado de ETFs, domina cerca de 90% dos fluxos líquidos desse segmento. Ela já atua fortemente para impulsionar o produto ligado ao Ethereum. “Se o staking for aprovado, veremos um salto de demanda semelhante ao que ocorreu quando empresas começaram a usar Bitcoin em tesouraria corporativa”, comparou.
Qual criptomoeda comprar

Para Jackson, o Ethereum é mais do que um ativo especulativo: ele o enxerga como “os trilhos” do futuro sistema financeiro digital. Com stablecoins como a USDC da Circle sendo emitidas na rede e parcerias estratégicas, como a integração com Shopify, a plataforma tende a se consolidar como base para pagamentos e transações globais, competindo com bandeiras tradicionais como Visa e Mastercard.
Essa visão se apoia no crescimento do ecossistema DeFi e no uso corporativo de soluções construídas sobre a blockchain do ETH. Além disso, Jackson reforça que, historicamente, a liderança tecnológica e de rede tende a se perpetuar. O Ethereum mantém a vantagem nesse campo, mesmo diante de concorrentes mais rápidos como Solana.
Desse modo, o gestor revela que iniciou suas compras da criptomoeda quando o ETH estava na faixa de US$ 1.600, enxergando o nível como “absurdamente barato” frente ao potencial de longo prazo. Seu modelo projeta preços próximos de US$ 15 mil no próximo ciclo de alta. Ele acredita que, em um cenário otimista de adoção massiva, o preço poderia atingir até US$ 1,5 milhão em uma década ou mais.
Ainda assim, Jackson alerta para a volatilidade: quedas de 70% não estão descartadas em crises futuras. Por isso, defende gestão ativa e atenção aos sinais macroeconômicos, como mudanças na taxa de juros e ciclos de liquidez global.