- BlackRock converte US$ 3 bilhões em ETFs ativos estratégicos
- Portfólio modelo cresce e reforça demanda por ETFs transparents
- Investimento em data centers fortalece presença no Reino Unido
A BlackRock anunciou nesta segunda-feira uma mudança significativa em sua estratégia de produtos. A maior gestora de ativos do mundo decidiu converter US$ 3 bilhões de fundos mútuos em ETFs, reforçando o foco no crescimento do portfólio baseado em modelos. A decisão acompanha uma tendência global de migração de recursos para ETFs, que oferecem mais flexibilidade, transparência e liquidez.
Rick Rieder, responsável pela renda fixa global da companhia, continuará no comando das estratégias agora oferecidas nos novos veículos. Os fundos passam a se chamar iShares Dynamic Equity Active ETF (BDYN) e iShares Disciplined Volatility Equity Active ETF (BDVL). Apesar da mudança, a essência dos investimentos permanece a mesma: mesma estratégia, mesmos objetivos, apenas um novo formato de entrega.
A força do portfólio baseado em modelos
Segundo Russ Koesterich, gestor da plataforma Global Allocation da BlackRock, o principal objetivo da conversão é alinhar os produtos ao mecanismo de portfólio modelo, que tem crescido de forma acelerada. Além disso, em apenas dois anos, o programa Global Allocation Selects saltou de menos de US$ 1 bilhão para mais de US$ 10 bilhões.
Os consultores utilizam a plataforma para montar portfólios prontos para clientes, e a demanda por ETFs ativos vem aumentando. Em vez de criar novos fundos do zero, a empresa decidiu aproveitar estruturas já existentes. Porém, isso permite movimentar bilhões de dólares com mais rapidez e alinhamento estratégico.
O sucesso da abordagem já pôde ser visto no ETF de renda flexível BINC, que arrecadou US$ 12 bilhões desde 2023. Agora, a entrada dos novos ETFs BDYN e BDVL reforça o pipeline de estratégias ativas e consolida a BlackRock como líder no segmento.
Expansão além dos ETFs: Foco no Reino Unido
Além da transformação de fundos, a BlackRock também anunciou um investimento de US$ 500 milhões em data centers no Reino Unido. Porém, o objetivo é modernizar a infraestrutura digital e preparar empresas para as demandas de novas tecnologias, incluindo inteligência artificial.
O plano faz parte de um pacote maior de US$ 7 bilhões em investimentos previstos para os próximos anos. Segundo o governo britânico, outras empresas americanas, como PayPal e Bank of America, também confirmaram aportes milionários. Além disso, a chanceler Rachel Reeves destacou que a onda de capital estrangeiro deve gerar milhares de empregos qualificados em cidades como Belfast e Edimburgo.
Com essa estratégia dupla, fortalecer ETFs ativos e ampliar a presença global em infraestrutura, a BlackRock mostra que busca adaptar seus produtos à nova realidade do mercado e, ao mesmo tempo, posicionar-se como protagonista em setores de alta demanda.