Justin Sun, o fundador da blockchain Tron (TRX), defendeu a rede em uma postagem no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira (27). Isso porque uma reportagem da Reuters sugeriu que a Tron está superando a rede do Bitcoin no uso por organizações terroristas.
Sun destacou que a estrutura descentralizada da Tron, semelhante à do Bitcoin (BTC) e do Ethereum (ETH), está no cerne de sua filosofia. Ele afirmou:
“Embora estejamos comprometidos em combater o financiamento do terrorismo por meio da integração de vários projetos de análise e parceiros, nossa principal prioridade continua sendo manter a descentralização, garantir a segurança dos ativos de todos e fornecer transações instantâneas, acessíveis e confiáveis, como sempre foi o caso.” Sun, no entanto, não negou as acusações na postagem.
A Tron é uma blockchain conhecida por suas taxas de transação baixas e por seu protocolo fácil de usar, facilitando a adoção em larga escala. A plataforma possui mais de 198 milhões de endereços.
Tron supera Bitcoin no uso por terroristas
A Reuters informou na reportagem que a Tron havia ganhado popularidade entre grupos terroristas devido às suas transações rápidas e econômicas, levando a um aumento significativo nas apreensões de carteiras Tron desde 2021.
O Gabinete Nacional de Financiamento do Terrorismo (NBCTF) de Israel apreendeu 143 carteiras Tron associadas a grupos terroristas entre julho de 2021 e outubro de 2023. Além disso, 87 carteiras foram confiscadas este ano, representando dois terços das apreensões.
Ainda segundo a reportagem, Israel apreendeu 39 carteiras vinculadas ao Hezbollah no Líbano em junho, e 26 pertencentes ao Movimento Jihad Islâmica na Palestina em julho. Além disso, as autoridades confiscaram 56 carteiras vinculadas ao Hamas.
Em 25 de novembro, a plataforma de inteligência blockchain ChainArgos também identificou pelo menos oito carteiras Tron que a Tether colocou numa lista de restrições devido às suas interações com carteiras alvos de sanções por provedores de serviços financeiros israelenses.
Enquanto isso, apesar do foco crescente no potencial envolvimento de criptomoedas no financiamento do terrorismo este ano, participantes proeminentes da indústria, como a Coinbase, enfatizam que a grande maioria do financiamento do terrorismo continua a depender de canais financeiros tradicionais, como dinheiro.