O Bitcoin surgiu no final de outubro de 2008 e não possuía qualquer valor atribuído, não estava cotado em casas de câmbio, e poucas pessoas conheciam a tecnologia por trás dele, a blockchain.
Produzido para atuar como uma forma de pagamento descentralizada, por todo o ano de 2009 praticamente não foram registrados ou existem relatos de trocas utilizando a criptomoeda.
É de meados de 2010 o primeiro relato de transação utilizando-se o Bitcoin, apesar da comunidade cripto saber que antes disto o Bitcoin era utilizado na dark web como meio de pagamentos para fins diversos.
Os primeiros dados históricos de preço do Bitcoin estão registrados a partir do último trimestre de 2011, onde já se podia considerar que o Bitcoin possui uma grande valorização, uma vez que havia surgido do zero.
Ano após ano o que se viu no preço do Bitcoin foi um ativo com alta volatilidade, algo que perdura até hoje e causa certas incertezas a investidores.
Entretanto, apesar das altas e baixas absurdas que a criptomoeda sofreu durante seus 12 anos de existência, um dado que chama a atenção é que durante este período o Bitcoin manteve seus valores máximos e mínimos anuais praticamente crescentes.
O Bitnotícias já havia publicado duas reportagens recentes que de certa forma mostravam isto.
Logo após o aniversário de 12 anos do Bitcoin o Bitnotícias mostrou uma comparação do preço de fechamento diário do criptoativo (em Real e Dólar) em cada um de seus aniversários.
O que foi observado é que o preço praticamente subiu a cada ano que o Bitcoin ficava mais velho, ou “experiente”.
Mais recentemente, o Bitnotícias reportou que a grande maioria dos investidores que compraram Bitcoin em algum momento no passado possuíam seus endereços (ou carteiras) em lucro agora no presente.
Agora, fizemos um levantamento que mostra que tanto em Real quanto em Dólar praticamente o Bitcoin apresentou máximas e mínimas anuais crescentes.
Este é mais um indicativo de que o preço do Bitcoin não para de subir ano após ano.
Por exemplo, se observarmos as mínimas anuais do preço do Bitcoin pareados a estas duas moedas FIAT, notaremos que quase sempre as mínimas superaram os registros dos anos anteriores.
Outra observação interessante é que quando olhamos para as mínimas do Bitcoin tanto em Reais quanto em Dólares, notamos que o preço passou por fases de crescimento.
Primeiramente, o Bitcoin registrou mínimas na casa dos centavos ou unidades de Real ou Dólar (2011 e 2012).
Num segundo momento, de 2013 até 2015 em Real; ou de 2013 a 2017 em Dólar, o preço do Bitcoin variou da casa das dezenas a centenas dessas moedas FIAT.
Num terceiro momento, que engloba o período desde o comentado acima até outubro\novembro de 2020, o Bitcoin marcou as mínimas na casa da(s) dezena(s) de milhares de Reais, ou na casa dos milhares de Dólares.
Pois bem, se assim se deu com as mínimas, as máximas não fugiram à regra.
Das unidades ou dezenas de Reais ou Dólares registrados como máximas do Bitcoin até 2012, a partir de 2013 até 2016 o preço da criptomoeda registrou as máximas nas centenas ou milhares dessas moedas FIAT.
Em 2017, naquele movimento eufórico do mercado, o preço do Bitcoin foi à lua, ou went to the moon, como os Bitcoiners adoram se referir.
Apesar da relativa queda das máximas em 2018 e 2019, agora em 2020 o preço do Bitcoin está reagindo, tanto que em Real o topo histórico registrado em 2017 já foi deixado para trás em 27,2%.
Se pudéssemos traçar uma onda de Elliot abstrata nestes gráficos, principalmente no que diz respeito às máximas de preço do Bitcoin, é como se estivéssemos iniciando uma onda “5” este ano de 2020.
Assim vejamos:
- O preço do Bitcoin faria uma onda impulsiva “1” do valor zero de 2008 até 2013;
- Uma onda “2” corretiva, de 2013 a 2015;
- Outra onda impulsiva “3”, de 2015 a 2017;
- Mais uma onda corretiva “4”, de 2017 a 2019;
- E agora em 2020 estaria iniciando uma suposta onda “5”, também impulsiva.
O que fundamenta a análise de que o preço do Bitcoin continuará registrando máximas e mínimas anuais superiores que os anos anteriores é que este ano as coisas definitivamente mudaram.
Primeiramente, o preço do Bitcoin está subindo de uma forma diferente da que ocorreu em 2017.
Àquela época, a alta assustou muitos investidores, e sem se fundamentar em princípios e formar suportes de preço importantes, o que se viu foi a imensa depressão de 2018.
Isto é bem diferente do que está acontecendo agora, onde o preço do Bitcoin apresenta uma elevação mais branda, mais sedimentada, com mais testes e quebras de resistências, e mais consolidação de suportes.
Além disto, agora expressa fundamento!
Grandes Instituições e investidores estão aderindo à principal criptomoeda deste ecossistema econômico.
Os Bancos Centrais nunca imprimiram tanto dinheiro, aflorando assim os fundamentos do Bitcoin, como escassez e baixa inflação.
A digitalização do dinheiro e a digitalização das finanças estão obrigando os Estados a se livrarem do pedaço de papel com valor lastreado em confiança no Governo.
Este é o primeiro passo para se aniquilar a moeda FIAT física.
E uma vez digitalizada, esta moeda FIAT poderá se tornar obsoleta perto dos criptoativos, mudando a regência da economia mundial.
Por fim, algo que é exclusivo do Bitcoin, diversas outros ativos criptográficos surgiram para atuarem como forma de pagamento, o que tem mudado o ideal dos investidores em classificarem o Bitcoin como meio de troca.
Hoje, o Bitcoin é mais escasso que o próprio ouro, a sua produção diminuirá a cada halving, e nenhum investidor “raiz” pensa em se desfazer deste ativo, o que o tem transformado em reserva de valor.
O que vem adiante é promissor, e a possibilidade do Bitcoin ser lastreado em Satoshis no futuro é enorme!
Para quem entendeu, neste dia 1 Bitcoin valerá 1 Bitcoin!