Analisamos as top10 criptomoedas em capitalização de mercado segundo o site Coinmarketcap.
As análises foram realizadas no tempo gráfico diário, no par USDTether, em sua maioria na plataforma da Binance, salvo das criptomoedas BSV e CRO que não estão listadas na Exchange.
Estas análises trazem alguns indícios gráficos, técnicos, e fundamentalista do preço de criptomoedas, além de comentários pessoais que não são indicações de investimentos.
10. Binance Coin (BNB)
O BNB está numa briga grande para se manter no top10. Pode ser que quando você estiver lendo esta reportagem ela não esteja mais nesta posição.
Junto com ADA, EOS e CRO, as 4 criptomoedas brigam por posições na casa dos alguns milhões de valorização de mercado.
Quanto ao seu preço unitário (US$21,83), o BNB ainda está 25% abaixo do topo anual, e distante dos pouco mais de US$39 dólares de seu topo histórico.
Esta criptomoeda foi lançada depois da “bull run” de 2017, portanto apresenta um topo histórico de preço mais condizente com a realidade da média de preço geral atual das criptomoedas.
Na minha opinião, diante da alta de tantas DeFis e do próprio Ethereum ou ADA Cardano, no que diz respeito a o que estes projetos tem entregado de evoluções, o BNB está desvalorizado para o tanto de inovações tecnológicas e parcerias que a gigante Binance vem entregando ao mercado de criptomoedas.
No gráfico, o BNB ainda respeita uma tendência de alta apesar de perder as médias móveis (MAs) de 9 (linha verde nos gráficos) e 21 períodos (linha vermelha nos gráficos).
O RSI também aponta para baixo, e proveniente da região de sobrecompra pode vir experimentar a região de sobrevenda numa lateralização baixista ou numa queda mais acentuada saindo da casa dos US$20 dólares.
9. Crypto.com Coin (CRO)
A segunda moeda do grupo Crypto.com vem subindo a ladeira há quase 4 meses, se mantendo sobre as médias móveis de 9 e 21 períodos, e bem distante da média móvel de 200 períodos (não mostrada aqui, mas garanto que está).
O valor desta criptomoeda segue uma linha de tendência de alta constante desde a quebradeira geral de março, e registra valorização de aproximados 190% em relação ao período anterior ao “crash”, antigo topo anual!
Ponto importante é que esta alta é fundamentada no que a empresa vem oferecendo no ramo de tecnologia de pagamentos e criptomoedas, e não no Hype do momento.
“Um olho no peixe, outro na baleia”, vale ficar de olho na outra criptomoeda do grupo, o MCO, ranking 112 no Coinmarketcap.
Vai que vai também?!
8. BSV
O Bitcoin SV que já havia perdido o suporte das médias de 9 e 21 períodos, recentemente perdeu também o da média de 200 períodos (linha preta no gráfico). Além disto, as três médias estão apontadas para baixo, o que indica que o seu preço poderá vir mais abaixo ainda.
O que talvez pudesse dar uma segurada em mais queda do preço é o RSI em níveis baixíssimos (apenas 3,4 pontos), ou também se o Satoshi falsificado Craigh Wright, criador do BSV, inventar mais uma sobre ser o pai do BTC.
7. Litecoin
O Litecoin é uma das criptomoedas entre as top10 que menos se recuperou do crash das finanças ocorrido em meados de março.
Pode dar as mãos ao XRP e ambas voltarem para a hibernação, diga-se de passagem.
Estando ainda 40% abaixo de seu valor registrado antes da pandemia, o LTC recentemente perdeu a média móvel de 9 períodos e se segura sobre a média de 21, que coincide com a resistência deixada entre os US$56-59 dólares.
Já o RSI vem de uma passagem pela região de sobrecompra, e um toque na mesma faixa limite. Aparentemente está vindo buscar a região de sobrevenda.
Será que segura? Se depender de Charlie Lee, sim!
6. Bitcoin Cash (BCH)
O hard fork do Bitcoin Cash que virou ABC, mas voltou a ser Cash se encontrava numa zona de acumulação de preço há nada menos que 131 dias.
Neste período de lateralização representado no retângulo azul do gráfico, a média de volatilidade diária em torno de 2,95% para cima ou para baixo era de dar sono em “trader”.
Após romper para cima este retângulo de acumulação, o preço vem se apoiando sobre o seu topo, testando um interessante suporte para o preço.
Recentemente perdeu as médias de 9 e 21 períodos, entretanto as candles vem nessa montanha russa para cima e para baixo com estas duas médias já há um bom tempo, sem consolidar movimento algum, a não ser o do “para o lado”.
Por sua vez o RSI não indica força para lado algum, raramente indo buscar as regiões de sobrecompra ou sobrevenda.
Será que vai lateralizar de novo e colocar touros e ursos para dormir?
5. ChainLink (LINK)
A criptomoeda que encabeçou o Hipe das DeFis agora deu uma desligada nas turbinas.
Depois de registrar queda absurda de 99,99% no crash da pandemia, “estilingando” até US$0,01 centavo de dólar na exchange Binance, engatou uma valorização digna de “bull run”.
Em 5 meses exatos, do preço estabilizado em 13 de março ao topo histórico registrado em 13 de agosto, foram mais de 1.000% de valorização.
O gráfico abaixo fala por si.
No momento o preço fez uma correção aparentemente saudável da última “pernada” de alta em 0.786 de Fibo, e está se mantendo entre as MAs de 9 e 21 períodos.
A faixa de preço dos US$14,30 – 14,6 se mostra uma importante resistência, tendo o preço já se segurado nesta faixa por duas vezes, sendo também onde se encontra a MA21.
Essa pausa na alta é ótima para trazer as médias mais próximas entre si e o preço do ativo, também para estabelecer suportes e resistências para o preço que ainda não testou estes valores.
Por fim, é bom para dar um tempo para os projetos DeFis que necessitam de mais controle e menos especulação.
4 . Tether (USDT)
No momento da redação desta reportagem cravava o valor de US$1 dólar, e assim esperamos que continue para sempre.
3. XRP
O preço do XRP vinha mantendo aquela letargia habitual até sair da faixa dos US$0,20 centavos de dólar e pular para os US$0,30.
Para quem achou que: “agora vai!”; não foi, e o preço está congestionado na faixa dos US$0,27 – 0,30 centavos de dólar.
O criptoativo também já perdeu o suporte das MAs de 9 e 21 períodos que tendem a verterem-se para baixo.
2. Ethereum (ETH)
Alavancada pelos seus fundamentos e pelo Hype das DeFis, o ETH apresentou valorização de 90% em um mês.
Após estabilizar a alta na faixa dos US$370 – 400 dólares, ensaiou mais uma guinada nos preços, mas foi contido na faixa dos US$440 dólares e no viés em relação a um RSI descendente.
Recentemente retornou à faixa dos US$390 dólares, perdendo as MAs de 9 e 21 períodos justamente posicionadas na faixa dos US$400 dólares.
Esta faixa de preço é importante para o preço do ETH, pois historicamente marcou topos na prévia da “bull run” de 2017, e também suportes nas quedas posteriores em 2018.
Depois disto é a primeira vez em 2 anos que o preço do ETH volta a estar acima dos US$400 dólares.
1. Bitcoin (BTC)
O “Bichão” aparentemente está obedecendo a ordem dos ursos.
A fortíssima resistência na faixa dos US$12.000 dólares não tem dado trégua ao movimento de alta que deveria vir lá de novembro de 2019, caso não fosse a crise provocada por este vírus maldito.
Ao mesmo tempo, os touros parecem não baixar a guarda, segurando uma derrocada maior do preço para baixo da faixa dos US$11.500 até os US$11.000 dólares.
É importante lembrar que desta última alta que trouxe o preço dos US$9.000 aos US$12.000 dólares, o BTC de certa forma não fez uma correção que deixaria o Sr. Fibonacci orgulhoso (salvo aquela estilingada ali em 02 de agosto, quando foi dar um beijinho nos US$12K e tomou um nocaute).
Uma correção em 0.618 de Fibo traria o preço aos US$10.400 dólares, mas historicamente o preço do BTC prefere os 0.786, o que o traria o preço para baixo das 5 casas decimais.
Para corroborar com uma possível correção o preço do BTC perdeu as MAs de 9 e 21 períodos na última sexta-feira, e o RSI respeita um canal de baixa no diário.
Caso venha buscar a média de 200 períodos, ela encontra-se na faixa dos US$11.200 dólares.
Na candle diária de hoje, se o BTC fecha-la abaixo dessas MAs poderá estar desconfigurando a tendência de alta de curto prazo para uma tendência de lateralização, também de curto prazo, apesar de estar mantendo os fundos ascendentes e os topos também.
Além disto, desde o lançamento do BTC nas plataformas de futuros os investidores aprenderam a operar os “gaps” em criptomoedas, e existe um logo abaixo dos US$9.900 dólares que vai até os US$9.600.
Será que os Ursos teriam fome para tanto?
Neste aspecto me chama atenção Ichimoku. A linha Chikou (linha preta no gráfico) se aproxima da faixa de preço atual afirmando a acumulação de preço na faixa dos US$11.500 dólares.
Ao mesmo tempo o preço se aproxima da nuvem ascendente e deve vir tocá-la ou num período maior de acumulação e lateralização, ou se vier testar a casa abaixo dos US$11.000 dólares.
Para os próximos dias o toque na superfície da nuvem pode servir como um trampolim para o rompimento dos US$12.400 dólares, ou pode significar a reversão da tendência de alta se o preço atravessar para baixo a nuvem trazendo consigo as linhas de conversão (verde), de base (vermelha), e de Chikou (preta).
No geral das Top 10, a tendência dos preços é de uma correção de curto prazo para as altas recentes, mas mantem-se “bullish” para mais adiante.
O crescimento das finanças descentralizadas e do ambiente blockchain associado à recente larga impressão de dinheiro FIAT mundo a fora, além do ascendente interesse pelos países em digitalizarem seu sistema financeiro, inclusive transformando o dinheiro em papel em moeda digital, podem trazer a popularização das criptomoedas e a sua adoção em massa.
Por fim, saliento que todas estas análises são de criptomoedas no para Dólar. Em Real, o preço tem mostrado comportamento diferente, uma vez que o Dólar voltou a se valorizar diante da nossa moeda, trazendo o preço de muitas dessas criptomoedas a valores não vistos há mais de 2 anos.