Diante de toda a discussão do consumo energético e das condições ambientais que envolvem o sistema de mineração de criptoativos (PoW), como está a emissão de carbono de um dos tokens em maior ascensão no mercado criptográfico?
Quanto os tokens não fungíveis (NFTs) poluem?
Analistas da empresa NFT Club estudaram o impacto da emissão e negociação de tokens não fungíveis no meio ambiente.
Em seu relatório os analistas pontuaram que a emissão de um NFT é a parte do processo que mais gasta energia e e emite dióxido de carbono.
São produzidos em média 83 Kg do gás por NFT produzido.
O processo inicial de venda do token gera cerca de 51 kg de dióxido de carbono, e as demais movimentações cerca de 30 kg.
No relatório a empresa pontuou que toda a ação sobre um NFT leva à produção de dióxido de carbono, pois requer energia.
Inclusive apostar na compra de NFTs pode gerar até 23 kg de dióxido de carbono.
Segundo o NFT Group, o protocolo que mais gerou gás para a atmosfera foi o CryptoKitties.
O protocolo gerou mais de 2 milhões de vendas primárias de NFT e mais de 892.000 vendas secundárias, emitindo cerca de 240.000 toneladas de dióxido de carbono.
Segundo os analistas, ao longo da vida de um NFT ele deverá gerar em média 211 kg de dióxido de carbono na atmosfera.
Em comparação a uma árvore, os analistas calculam que seriam necessárias três árvores e meia para processar a emissão de cada NFT.
Assim os analistas concluíram que este tipo de inovação tecnológica exige sustentabilidade nos tempo atuais, e que os protocolos deveriam preconizar o uso de blockchains com baixos custos de energia.
Eles citaram o exemplo do protocolo Axie Infinity, que era um dos maiores emissores de dióxido de carbono e que após migrarem o sistema de produção de NFTs reduziram drasticamente o gasto de energia.
Em praticamente dois anos o Axie Infinity reduziu a emissão de dióxido de carbono de estimados 1,5 milhão de toneladas para a emissão real de 25 kg de gás na atmosfera.